segunda-feira, outubro 10, 2005

Os Gaviões

Antonio Peticov:O artista mantém uma excelente página na internet, mostrando os seus trabalhos.Nasceu em Assis, no ano de 1946. Desenhista/Gravador/Escultor - Os seus dados biográficos o localizam no panorama da arte de vanguarda. a partir da segunda metadade da década de 60. Realiza e participa de diversas exposições.O artista é autodidata.Em 1990, realiza o mural em homenagem ao centenário do escritor Oswald de Andrade, com o título Movimento Antropofágico, na estação República do metrô de São Paulo.Há diversos trabalhos editados sobre a obra do autor, bem como, um livro de sua autoria, chamado Trabalhos Escolhidos, pelo MASP, em 2003.Morou em Milão, na Itália, de 1971 a 1986, voltou para Nova York, onde morou e voltou ao Brasil em 1999.(Fonte: Zona D e páginas na web)


Olá! Estive ausente por estes dias, por estar gripado. Hoje, um pouco mais revigorado, coloquei este texto que faz parte de um escrito maior sobre o sitio Luar de Prata.Agradeço as visitas e os comentários feitos, espero que agora, possa entrar em minha rotina prazeirosa de visitar os blogs amigos.Na sexta, tive aula de digitação dada pelo neto, mas por pouco tempo, estava com a garganta inflamada e teve de ir à pediatra.



Um grupo de turistas japoneses, com máquinas fotográficas, câmeras e malas pretas, chegaram durante a madrugada. O séqüito era também acompanhado por alguns gaviões, sendo que a maioria, de japoneses. Havia um da cidade de Shibuya, o mais baixinho e carrancudo. Tanaka, seu primo, na hora h, desistiu e rumou para Nagoya, mandou avisar ao grupo. O primeiro, que estava mais à frente, em destaque no grupo, parecia ser o líder; vinha com a estudante de ciências sociais, Yoshiko, moravam em Kyoto, no bairro de Gion, freqüentavam um templo budista na mesma cidade, ali se conheceram.
As informações sigilosas, foram obtidas por Otilia, saltitante perereca repórter, que repassou para o Tião, conhecido macaco velho, militante da imprensa investigativa., que registravam em um bloco de notas, tudo que obtinha da esperta perereca. O terceiro, Suzuki Shen, sempre de quimono, morou perto do Aeroporto Internacional de Narita, um aficionado por aviões; imitava o barulho deles, quando estava só. Gostava de acompanhar os aviões em corridas, mas voltava esbaforido e muito cansado, depois da frustrada disputa. Tentou por diversas vezes, alcançar o topo do Monte Fuji, não conseguiu em nenhuma delas.. Espalhava para o grupo de amigos, que era muito fácil atingir os 3.776 metros de altura. Passou a ser uma obsessão, programava a mesma coisa, todos os anos.Batia asas e não voava. Passava o dia brincando na Estação de Yokohama, depois ia para a roda gigante. Juntava um publico de meia dúzia de gatos pingados, que eram obrigados a usarem binóculos, caso , naturalmente estivessem dispostos assistirem tal façanha.Resolveu, meses depois ao receber o convite, incorporar ao grupo que viajava com destino a Luar de Prata.
Akiko, terceiro, mantinha um relacionamento não muito sério, gostava de ficar com a bulímica Aninha Patativa, uma cantora de karaokê da periferia do Rio de Janeiro, sempre que visitava amigos no Brasil. Passava e curtia muito sair de férias no Rio de Janeiro e em Okinawa, eram as cidades preferidas. Adorava beliscar os pratos da culinária destas cidades. Desconfiavam, que pertenceu a Yakusa. Informações complementares foram pedidas ao serviço secreto, mas até aquele ano, não tinha chegado, por quem tinha interesse em saber da vida enigmática daquele gavião ..
Akira, o quarto, gostava de oxigenar as penas, de levar na carteira fotos dos mais valentes samurais; foi muito apaixonado por um pombo correio. Leitor de Yukio Mishima. Conheceu seu companheiro, em uma feira de antiguidades. Teve um momento em sua vida que ficou azarando uma arara, que fazia biscates em um magazine que costumava freqüentar, às sextas-feiras.
Chegou a morar por três anos com o pombo, tiveram uma briga feia, acabaram morando em casas separadas.Incompatibilidade de gênios, era o que alegavam.O último do grupo, é um sansei, que adorava ficar vestido de ninja quando pequeno, morou por muito tempo, no bairro da Liberdade, na rua Galvão Bueno. Nos fins de semana, ia curtir com os amigos do trabalho, sessões de karaokê.Torcedor fanático do Palmeiras. Participou de uma torcida jovem, que chegou a presidir a Porcos Unidos. Houve um dia, segundo relatos, retirados dos arquivos, consta que, ao assistir uma partida, ficou tão irritado que queria invadir o campo; os xingamentos não estavam sendo o suficiente, pensou e repensou, acabou desistindo de invadir, mas os gritos de xingamento continuaram. Juiz ladrão!!Safado !!Vendido!! Adorava o “Parmera”, time que passou a admirar desde pequeno, por causa, de seu melhor amigo da escola. Foi em uma partida contra o Corinthians, que fez esta opção, de ser um torcedor palmeirense e assim, para sempre.
O grupo viajou para Mundo da Lua, ou melhor, foram convidados a passar uma temporada em Luar de Prata, chegaram sob disfarce, de modo que , ninguém os reconhecesse.No topo de uma árvore, o Urubu-Rei, observava, os turistas Um urubu malandro aproximava-se do grupo, para vender fotos do sitio.
Mariana acordou com o telefonema de sua amiga, dizendo em voz baixa. sussurrando, que tinha muitas coisas que soube e que gostaria que ela soubesse.Desligando o telefone em seguida.Desconfiou neste momento que parecia estar grampeado.

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