Em 12 de julho de 2004, nasceu na Casa de Saúde São José, no Humaitá, este pequeno artista de nome Ramom. Hábil na arte de pintar o sete e de fazer a vida dos avós, muito mais prazerosa e multicolorida. Conquistou a todos de maneira graciosa. Confesso publicamente que ele, soube como ninguém tingir nosso cotidiano com as cores da alegria e da felicidade. A presença do neto em nossa casa, é o resultado de imensurável satisfação. Ouvir ser chamado de Vô ou Vó, ou de Marilene ou Wilton e para qualquer outra situação; acreditem, é dar cambalhotas no ar. É ter o sorriso estampado e colados em nossas faces. Andar de mãos dadas com o neto, ou a vontade dele em andar sem dar as mãos, de sair na nossa frente em correria. De uma pequena teimosia, como constante linguagem de seu relacionamento. São vínculos criados e estabelecidos pela idade.Entendemos este processo. É um outro ser, que quer dar os primeiros passos na vida, rumo a sua longa caminhada durante a sua existência. O nascimento de meu primeiro neto, é um encontro de saberes. Um momento do passado com o presente, vislumbrando o futuro. Estar com o neto é a oportunidade de observar as transformações do cotidiano. De olharmos como testemunhas em que o momento da leitura do mundo. é anterior a escrita. Atento e curioso, percebe os sons e os significados. Passa para uma nova etapa, a condição de sujeito-falante.É o nosso momento, mesmo por algumas horas, de curtir ou mesmo por frações de segundos, fazer um breve retôrno a nossa infância. Das brincadeiras criadas, ou reproduzidas nestas horas, das músicas "infinitamente" tocadas e cantadas, Ramom, vivencia muito. Quando gosta da música, pede para repetir, é o momento Peça Bis ao Vovô. Achamos nosso neto muito criativo, muda a coreografia conforme a música, seja por qualquer som emitido, até um simples bater palmas. Há em seu corpo uma musicalidade, uma sonorização, uma harmonia, uma sensibilidade que está em permanente sintonia com o prazer do movimento, sua expressão corporal manifestada, está incorporada a todo momento. Está ligado ao som interno e os que são produzidos na rua. Barulho de vozes, buzinas e outros sons urbanos. Reconhece diferenças. Estimulos cerebrais importantes, são registrados.
Ramom, é ouvinte de um repertório rico e diversificado. Esta fase é o começo de produção de palavras e sonorizações. Uma percepção auditiva, captando os "barulhos" e a sua conseqüente identificação. Começou a freqüentar o maternal. Reações não muito receptivas de ficar na escola foram expostas, choro e negativas. É um processo de adaptação, ao novo mundo e ao universo da escola. O Som e o silêncio, são duas combinações importantes em seu processo de conhecimento.
O seu corpo está sempre em movimento, apresenta um gingado, que faz de nós, espectadores deste "show" particular. Muito engraçado quando reprova a música, diz que: "não", " não quer", "faz manha", etc, procede assim, no momento em que eu mudo a música que está ouvindo.
Hoje é dia de festa, mas será comemorado no próximo sábado. O tema escolhido pelos pais foram animais em uma floresta, sob a confecção e criatividade de Tia Ângela, prima Camila, Tia Eliane, mais Avó Marilene, todas empenhadas em colaborar na realização da festa. Vai rolar a festa...
Para nós seus avós, desejamos que possa curtir bastante este momento único, pois, ele pertence a você. Que faça bom proveito. Parabéns!!!!
Ps: Um passarinho verde, andou espalhando, que no final de outubro, ou começo de novembro, Ramom, seus pais e nós, os avós receberão de braços abertos, o pequeno grande homem, de nome Ricardo, querido e desejado por todos. Sem dúvida o mais novo reforço da imensa torcida vascaína.


