quinta-feira, agosto 03, 2006

O Amor Solitário.

Henrique Cavalleiro : Pintor, desenhista, caricaturista e ilustrador carioca, nascido em 1892 e falecido em 1975. Estudante da Escola Nacional de Belas Artes. Identificado como pintor impressionista e posteriormente, como neo-impressionista. Morou no inicio da década de 20, em Paris. Manteve contatos com os fauvistas e Cézanne. Aluno de Eliseu Visconti. Sua obra faz parte de diversos acervos em nosso país. Foi professor do Colégio Pedro II e da Escola Nacional de Belas Artes. Participou da Primeira Bienal de São Paulo. Casou com Yvone Visconti , filha de Eliseu Visconti, do qual fora discípulo. (Fonte de Consulta: Murilo Castro, Pitoresco, Almanaque Folha de São Paulo, Pro Arte Galeria, Bolsa de Arte, Fundação Bienal de São Paulo)





Olá!
Meus Caros amigos leitores, agradeço muito pelas visitas e os comentários feitos no blog. Não tenho conseguido realizar como pretendia, as minhas visitas rotineiras aos seus blogs e sites. Hoje, tive um tempo para dar o ponto final a um texto que seria postado no mês de julho, esgotado o prazo, acabei passando na Quitanda, para pendurar no mural.
Os dois anos de Ramom, foram comemorados no salão de festa onde moramos. Ramom, curtiu muito, junto de amiguinhos e parentes. Desejo para todos os leitores, uma ótima semana.
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Muitos dos seus amigos estavam convencidos de que a paixão por Luiza, era cega. Outros, diziam que nutria por Luíza, uma louca paixão. Um amor, sem dúvida, obsessivo, inquieto e voraz; dizia, um dos dois amigos mais íntimos. Ele calado, ouvia, ou pelo menos fingia ouvir. Naquela mesa de bar, o garçom Raimundo, anotava o pedido. No rádio, aquela velha canção de Roberto Carlos, foi ouvida.
A imagem dela, estava pregada, gravada em seu coração.Ficou ali, desde do primeiro dia em que foi apresentado por um um dos seus amigos. Foi amor à primeira vista.Tomou conta de seu coração e de seu pensamento. Silencioso, onde um silêncio mudo petrificava o momento interminável daquele primeiro encontro.Muito prazer! Um breve sorriso, foi dado como resposta.Os olhos, aqueles olhos negros cintilantes, brilharam, fotografaram aquele instante.
Em conversa com um amigo, disse que era amor encantado e eterno. Um amor solitário, manifestado pelas cartas de amor. Escrevia seu amor em prosa e verso, inspirados nos batimentos do coração. O amor puro, casto, distante e guardado pelo tempo. Emoldurados nas lembranças envelhecidas, revividas.Assim, continuava a pensar em Luíza, seu primeiro e único amor. Um amor amarrado ao passado. Que para ele, foi, para sempre, manifestado de modo silencioso. Luiza, nunca soube; ele, continuava solteiro e feliz. Amava Luiza a seu modo.