terça-feira, novembro 29, 2005

Amor Fugaz

Clóvis Júnior : Ano de 2004, Embaixada Brasileira em Londres, ali, uma exposição do artista brasileiro, considerado por muitos como o poeta da tela. O tema de sua exposição "Pinturas Mágicas", encantou o povo londrino e os brasileiros presentes nesta exposição, na Galeira 22 da embaixada. O artista pertence ao grupo de pintores que se expressam através da pintura naïf. Montou exposição no Musée International d` Art Naïf. O artista paraibano, nasceu em Guarabira. Participou de diversas exposições em nosso país e no exterior. Fonte de consulta: Arte Naïf, BrazilianArtists.net








Olá! Aqui em Copacabana, tempo de sol e calor. Movimento de corpos e de ondas. Abro uma parte da Quitanda, onde estico o varal, para colocar em exposição, o texto que apresento aos meus caros leitores e amigos. Uma boa quarta-feira para vocês. Obrigado pela presença neste espaço.
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Desejos silenciosos
Percorreram o meu corpo.
Em linguas faladas
frenéticas
trocadas.
lambuzadas.

O movimento ardente
Do corpo em chamas.
Me chama.
Me ama.

Apressado

Cubro seu desejo em beijos
Ouço seu coração nos abraços
Dos prazeres dilatados.

O relógio sem ponteiros
marca o tempo.

Registra
O
Destino clandestino
De um amor fugaz.


segunda-feira, novembro 28, 2005

Ilusões















Erico Santos
: Erico di Primo Leitão dos Santos. Fonte - Site oficial do artista.

Pesquisando na internet, encontrei a pintura deste artista plástico gaúcho de Cacequi, Rio Grande do Sul, nascido em 1952. Presença importante no panorama das artes no sul. Participante de diversas exposições, com mostra coletiva e individual em nosso país e no exterior. Uma referência constante em obras publicadas sobre artes plásticas.Tem contribuido com palestras e artigos em jornais e revistas sobre arte. Sua página é muito rica em material sobre o artista, e destaca-se o imenso noticiário a seu respeito. Nesta página pode ser vista a tela que o artista ofereceu ao Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, em homenagem aos 102 anos do clube gaúcho.

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Olá! Depois de um breve recesso, estou de volta para mostrar mais um texto que exponho no varal da Quitanda. Agradeço muito pela presença e os comentários feitos neste espaço. Contamos com a encantadora presença de Ramom por estes dias. Estou descobrindo que gosta de dormir, pede colo e depois, fica encostado no ombro do avô. Acho que identificou o ombro amigo. O que ainda me preocupa, é que continua renitente em comer alimentos mais sólidos. Desejo para vocês, um ótimo inicio de semana.

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Minhas ilusões foram soterradas
e esquecidas debaixo dos sonhos
Noturnos.
Soturnos.
Despertei.
Levantei.
Abri os olhos
Aproveitei
Removi entulhos de felicidades empedernidas
Recolhi fragmentos de alegrias passageiras
Retirei retratos das paredes de meu coração
Varri sorrisos empoeirados
Cimentei desejos
Embrulhei o passado
em papel de presente.
Encobri as cicatrizes da lembrança
Encaxotei pensamentos
Despachei momentos
Doloridos e ofegantes.
Naquele instante,
Lembrei que poderia
Sorrir para mim
Pensando em ser
Outro.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Diante do Espelho

José Paulo Moreira da Fonseca - "Livros e Janela" Pintor e Poeta: Nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo, em 1922 e faleceu na mesma cidade,aos 82 anos, em 04 de dezembro de 2004.Formado em Direito e Filosofia.Reconhecido pela critica nacional e internacional, por seu importante trabalho exposto em vários acervos. A editora Leda Miranda, publicou em 1996 pela Uapê, o livro Noturno em Vargem das Pedras.Em uma reportagem para o jornal da PUC/RJ, publicado no ano de 2000, noticia que ele foi a primeira matrícula na faculdade para o curso de Direito, na ocasião em que a PUC estava sendo fundada.Seu pai foi médico do cardeal Leme.Há muitos intelectuais que conviveram ou escreveram sobre o autor, registrando a sua importância na história da cultura brasileira e da cidade que tanto amou.Maria Clara L Bingemer, em artigo para o Jornal do Brasil, na ocasião de seu falecimento, uma bonita matéria, sobre o "Meu Amigo de Olhos Claros." Fonte de Consulta: Pitoresco, Jornal da PUC e Editora Uapê



Bom dia! Muito Obrigado aos amigos que me visitaram. Deixo este texto pendurado no varal, em exposição.

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Sentado diante daquele espelho
Não me reconheci
Espantado
Debrucei-me diante daquela
Imagem distorcida pelo tempo
Parado
Inerte

Apalpei meu rosto
Fiquei mais perto do espelho
Andei de um lado ao outro
A minha imagem me acompanhava
Fixei meu olhar
Descobri que
Meu sorriso não aparecia
Sumia
Parecia
Refletir apenas o meu interior.
Solitário.

Esbocei um novo sorriso
Forçado, Ensaiado, Decorado
Nada adiantou.

Mudei de posição
Olhei para o outro
Lado do espelho
Nada adiantou.
Insisti
Desisti
Pois
Espelhava apenas o silêncio.

Eu olhava para mim e
Me perdia no tempo
Lembrei do momento
Cinzento
Embaçado
Dos intantes do meu presente .

Sim, apenas aquela cor
Delineava a minha imagem
A cor que pintei
O meu futuro.

O sorriso desapareceu com o tempo
Fugiu e me deixou
Só.
E
Sem nenhuma máscara.
Diante de mim
Sou apenas o que
Fui.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Uma Doce Criança

Ele aparece de novo neste espaço.Há sempre um lugar cativo nesta Quitanda, para abrigar este garoto muito levado.Diga-se de passagem, ele invadiu o meu coração e meu pensamento, assim, como da avó Marilene. A foto acima, é flagrante de uma de suas peraltices.Meu neto adora visitar os avós.É a constatação de uma alegria recíproca. Mal chega, chama por vô. Alias, fui o primeiro a ser chamado por ele, antes de qualquer outra palavra decifrada por nós, deste linguajar. Ramom é muito grudado a mim.Adora o pc, quando está desligado, pede apontando para ligar.Ministra aulas de digitação avançada, acertando o teclado de modo aleatório.Gosta muito de música, expressa pela linguagem corporal, balançando o corpo. Ouve Adriana Calcanhoto e presta atenção quando eu canto( deve achar bem esquisito, o avô emitindo sons/cantando)algumas músicas, muitas do universo infantil e do folclore.Dá muita risada por qualquer barulho provocado, por exemplo: batida com a mão em qualquer superfície.É extremamente curioso. Parece que fica fazendo uma leitura labial neste momento.Tem sido muito rico este contato.Por outro lado, há uma preocupação de nossa parte, em relação a sua alimentação.Aqui começa um grande drama.Participamos como coadjuvantes.No palco, é o ator e seus autores.
Somos de alguma forma espectadores por algum tempo, da rejeição que ele tem por alimentos sólidos e salgados.Os pais preocupados seguem estritamente a orientação da pediatra, tudo está condicionado e submetido aos ditames da médica.Desprezam qualquer orientação familiar.Incrível meu neto rejeita qualquer coisa que é apresentado a ele, no que diz respeito a comida.Expressa claramente de modo negativo.Identificamos uma falha da mãe ao introduzir no período adequado,este tipo de alimento.Pior, que nem a pastosa, eventualmente, um destes potinhos da mutinacional.Sempre mamadeira.Não foi proporcionado uma interação com colheres e pratos, por conseguinte, o universo da comida.Acredito que o modo (prepraro/tempero) de quando foi feito a comida tenha contribuido para que ele se comporte desta maneira.
Apavorado os pais, consultaram o pediatra que foi do pai, prescreveu remédios, como ferro; mas penso que não aplicam de acordo com a orientação. Fizeram esta consulta, mas preferiram continuar com a pediatra que é dos filhos da irmã.A pediatra nem havia indicado remédio como suporte desta fase.Um mês depois da consulta do pediatra de meu filho, foram para a pediatra original e mostraram que a pediatra indicou o mesmo remédio, logo, todos os pediatras são iguais.É o que o casal proclama.
Talvez estejamos defasados ao mundo infantil e suas respectivas modernidades. Não nos intrometemos. Contribuimos com a seguinte ajuda: comprando fraldas e alimentos lácteos.
Engraçados os filhos, cuidamos deles, enquanto pais, mas não reconhecem a experiência com eles.Repelem qualquer conversa. Para o nosso espanto, demonstram não ter autonomia para a educação e o crescimento da criança.Hoje postei um assunto doméstico mas que envolve uma preocupação dos avós.Sábado teremos a presença literalmente, desta doce criança.

terça-feira, novembro 15, 2005

O Sonho de Teobaldo.


Elpídio Malaquias - Nasceu em Cariacica, Espirito Santo, em 1923. Participou de diversas exposições individuais, no período de 1977 a 1983, nas galerias da UFES e Homero Massena.Há uma galeria com o seu nome, onde foi instalada uma exposição de artistas plásticos do Espírito Santo,localizada na Assembléia Legislativa. Fonte:Caderno 2, Século Diário//Diário de Vitória. Posted by Picasa
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Olá! Agradeço inicialmente aos meus queridos amigos leitores e blogueiros, com a importante presença nesta página.Estivemos envolvidos com a presença encantadora e sapeca do neto Ramom.Aproveito e deixo um texto para ser saboreado ao sabor do vento.
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Havia um bom tempo, que Teobaldo não pensava em outra coisa, desde que leu o anúncio em uma revista esquecida no escritório em que trabalha. Ficou muito empolgado com a idéia e passou a reservar parte de seu salário para conseguir o seu intento.Não ganhava muito em seu trabalho no escritório de advocacia, no centro da cidade. No entanto, todos os meses, separava uma parte do salário e guardava no armário de seu quarto.
Fazia um trabalho de rotina, do escritório ao tribunal e no final do expediente, encontrava-se com a namorada Lizete, uma paulista, de cabelos tingidos de louro, antiga moradora do Parque Santo Antonio, no Capão Redondo, que veio transferida para trabalhar no bairro da Lapa, na filial da editora, no Rio de Janeiro. Passou de secretária, para ser a gerente de vendas.
No último dia do mês, Teobaldo presenciou ao andar pela rua Uruguaiana, esquina de Presidente Vargas, um pivete, arrancar do braço de uma senhora, uma bolsa que trazia junto ao corpo. Foi tão ligeiro, que em disparada, atravessou à pista, sem dar importância para o policial, que apitava de modo estridente o trânsito.Os gritos de Pega! Pega! Pega Ladrão, de nada adiantaram, ficaram perdidos entre os carros e pedestres. Teobaldo fora pagar a última prestação do crediário, depois, entrou em uma pastelaria, comeu pastéis de carne e tomou caldo de cana. Dalí, seguiu para o escritório. Dona Marilda, a secretária boazuda do Dr. Gomes Junqueira, estava doente e não apareceu. Pela parte da manhã, telefonara avisando que iria ao médico.O escritório estava sem movimento, era freqüentado por poucos e antigos clientes. Passava grande parte do dia, vazio.
Ninguém por perto, aproveitou para pegar a revista e mais uma vez ler o anúncio e imaginar com a possibilidade de realizar o sonho.O seu grande sonho. Foi interrompido pelo sinal do telefone, era Lizete, que pedia emprestado, uma grana para comprar um liqüidificador em promoção. O aparelho anterior, disse ela, ao telefone, acabou deixando para a mãe, na mudança.Teobaldo, ouviu calado. Concordou em emprestar, contou o dinheiro no bolso. Contou por duas vezes, iria contar uma terceira vez, mas desistiu; acabou depois, marcando um lugar para entregar o dinheiro para Lizete. Afinal, havia planos com Lizete, para o futuro. Um futuro que Lizete imaginava no passado e no presente. É o sonho de toda mulher, dizia sempre para Teo, era como chamava o seu namorado, na intimidade.
Esta ajuda não estava nos planos de Teobaldo, que acabava sempre concordando com a namorada. Pensativo, começou mais uma vez a folhear a revista e percebia o sonho esvaecer entre os dedos. O telefone, mais uma vez, interrompe o seu momento. Atendeu o telefonema, era Marilda, perguntando por Dr. Gomes Junqueira, respondeu, que ele tinha ido ao foro e não voltaria para o escritório. Voltou a leitura da revista, depois de ter anotado que a secretária telefonara. Aguarde, você vai ver o que pode lhe acontecer, pensou baixinho, em silêncio, mas empolgado. Não quero que reclame, vou trazer felicidade, vou deixar você louca. Marilda, vou transformar a sua vida, a minha e das demais mulheres. Serei o maior comedor deste prédio, quiçá, do mundo. Esta empolgação acontecia, ao lembrar de ter lido em uma livraria da rua Miguel Couto, o livro Pastores da Noite, de Jorge Amado, bem na página 11: “Não se pode dormir com todas as mulheres do mundo mas deve-se fazer um esforço”.Aquela japonesinha, do sexto andar que me aguarde, vibrou Teobaldo. Começou a fazer as contas, mais as duas do escritório vizinho, uma coroa de óculos do terceiro andar, a secretária do Dr Brandão do oitavo, mais....
Dr. Gomes Junqueira, chegou cedo ao escritório, na quinta-feira, ficou trancado em uma saleta, revendo alguns papéis. Eu e Marilda, percebemos, que ele deve ter encontrado ontem, com a sua ex-esposa, nos corredores do tribunal. Ficava arrasado, depois de um casamento de vinte anos; Leda, sua única mulher, o abandonara para viver com Margarida, sua colega de faculdade. Há mais de um ano, que o doutor, passou a ser um ávido consumidor de revistas masculinas da redondeza.Teobaldo ao comprar as revistas, a pedido do patrão, sempre pensava, que o dia em que uma mulher, uma celebridade, ou mesmo uma artista, me conhecer, não vão se arrepender, não me esquecerão jamais. Nem sei se vou atender a todas, pois, vão acabar desistindo de sairem com jogadores e pagodeiros...
Outro dia, conversava com Guto no elevador, quando entrou uma moreninha, que é uma gatinha, parece trabalhar naquela firma de exportação, do nono andar.Guto, você nem reparou, que seios maravilhosos, toda perfumosa, deve ter saído do banho e vindo trabalhar.O celular toca, era Lizete, marcando para encontrar na Cinelândia, em frente ao antigo cinema Pathé, às 18:30, para juntos comprarem, um presente de casamento dos amigos.Uma mulher carregando uma criança no colo, pedindo para comprar remédio, interrompe a caminhada de Teobaldo, este responde de modo negativo. A mulher vai embora reclamando, xingando.
Teobaldo, levantou cedo e retirou o dinheiro guardado em seu armário.Esboçou um sorriso de contentamento, de felicidade. Recortou desta vez, o anúncio, colocou no bolso da calça, junto com o dinheiro. Pegou o metrô, algumas estações depois, despediu, dando dois beijos em Lizete, que saltou na estação da Glória, ele seguiu até a estação do Largo da Carioca. Assim que saiu, foi surpreendido por um grupo de pivetes, que levou todo o seu dinheiro.Era um assalto! Não adiantava reclamar. Ficou com o sonho e anúncio que prometia aumentar o tamanho de seu pênis em até 24 centimetros.

terça-feira, novembro 08, 2005

Ludovico, o Bode















Gledson Amorelli
- "Colheita de Algodão", óleo s/ tela, 1997. Fonte: Museu de Londrina - Gledson Franqueira Amorelli Pintor, Escultor. Cenógrafo e Professor. O artista mantém uma página na internet. Nasceu na cidade de Três Corações, em Minas Gerais, no ano de 1948.Foi aluno do Mestre Gignard e Frederico Bracher Jr.É em Minas que inicia os seus estudos, através destes artistas.Participa de várias exposições em nosso país e no exterior.Em 1974, cria a Escola de Pintura Pró-Arte; em 1979, passa a viver no Rio de Janeiro.Fonte de consulta; Site do Artista e Enciclopédia de Artes Visuais.
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Olá! Dia chuvoso e de frio em minha cidade.Hoje, preferi colocar a continuação de um texto que desenvolvo, envolto em uma ficção animal, com tinturas de sátira.No final do dia, terei aulas de digitação ministradas pelo neto.Quero agradecer a todos os amigos blogueiros e leitores que compareceram neste espaço.Fico muito grato pelos comentários feitos.
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Bode Ludovico, passeava disfarçado de cabra-macho.Colocou uma peruca loura, óculos escuros e salto alto. Imaginava, assim, que ninguém iria reconhecer, mesmo tendo a companhia de sua inseparável mala preta, grudada ao corpo.Com trânsito livre pelas cercanias do Plano Alto do Centro, continuou sua caminhada, apesar da hora. Atravessou a praça vazia, de um lado para o outro.Olhou para o céu e viu apenas, um solitário condor; certificou-se, de que não era uma araponga desgarrada.Caso contrário teria de reclamar com o Bispo.Acendeu um cachimbo, pois, bodes, às vezes, gostam de cachimbos. Cumprimentou uma raposa, que acabara de sair da toca.Olhou para uma bonita perereca do brejo, que saltitava a sua frente e uma rebolativa gata siamesa, que ao lado de uma coelhinha, chamavam atenção dos passantes daquela mega quadra.
Ficou impaciente ao aguardar no semáforo, para atravessar a pista.Ameaçou duas vezes e desistiu de atravessar.Os carros e os humanos, o deixavam muito assustado.Enfim, atravessou e quase que tropeçou nas próprias pernas ao andar mais rápido, pois, o tempo de travessia de pedestres era minimo. Enxotou um galo que na calçada, pedia uns milhões para o leite dos pintinhos...Passou em frente da sede do sindicato e viu Casé, o jacaré que anda em pé, lendo um livro de Carlos Eduardo Novaes. Reconheceu Cândido Urubu, descendo de um Land Rover Defender, adentrando pela porta dos fundos da entidade.Ludovico, neste instante tivera a certeza de não ser reconhecido.O disfarce estava perfeito.Duas ratazanas passaram por ele, foram seguranças dos sindicatos da região, lançaram cobras e lagartos no ar, que ele ficou desconfiado ao escutar, um possivel envolvimento do chefe da casa.Uma repentina tosse tomou conta de Ludovico, tossia sem parar.O espirro do bode, chegou a assustar uma barata tonta que transitava calmamente, em direção ao boteco.
De longe, avistou o Sapo Barbudo de papo com a Águia Careca, em um palanque; pelo sorriso estampado do Sapo, percebeu que estava muito feliz por este encontro. Três hienas sorridentes, aplaudiam aquele momento histórico.Gritavam alucinadamente, no megafone: o Chefe é um bom companheiro, o chefe é um bom companheiro, o Sapo é um bom companheiro, ninguém pode negar!O cavalheiro Zen Nahda, chegava a galope em seu velho pangaré, todo esbaforido, com noticias do Plano Alto do Centro. A nota esclarecia, que a Águia mandara evacuar o recinto, pois suspeitava de algum membro da comissão de frente, que ali, estava infiltrado um famoso terrorista candango; segundo informações sigilosas escritas a bico de pena; havia uma observação neste sentido, no relatório, descrevendo que um individuo com aparência de um animal peludo, teria explodido uma bomba de chocolate no chão da quadra escola de samba.Uma animada conversa entre um Elefante, Tio Sam e o Tucano, pareciam tratar de planos para o futuro.Silenciaram quando perceberam que uma manifestação de grilos falantes, seguiam em passeata,tendo a frente, duas antas, três micos e um veado-campeiro, distribuindo panfletos.Algumas garças e diversas araras estavam cantando uma música do Rappa em um carro de som “ a minha alma está armada e apontada a cara pro sossego, pois paz sem voz não é paz é medo”.Xô Águia Careca!
Ludovico quando assistiu aquela circense cena, caiu na gargalhada e não notou que Dom Raton, antigo agente da Ilhota, passou por ele e o reconheceu. Por sua longa experiência, Dom Raton, percebeu que tratava-se de um disfarce por demais conhecido.Não havia mais dúvidas,aquele estranho ser de peruca loura, pertencia ao mundo dos herbívoros ruminantes. Dom Raton, garante que abandonou este tipo de servicinho, mas vez por outra, não dispensava uma boa oferta. Nas horas vagas, passou a ser guia turístico na periferia das cidade-satélites. .Pele bronzeada, pelos grisalhos. Se faz de simpático com todo mundo. Dom Juan Ratón, desenvolvia projetos para o turismo.Espalhou agencias pelo pais de divesos tipos e tamanhos.Havia acabado de inaugurar uma agencia de encontros para a prática de sexo selvagem, com as diferentes e melhores modelos de gatas,algumas delas casadas, lebres saradas e piranhas do pedaço.Em uma revista semanal um anúncio em destaque: Atende executivos, confira! Temos book! Sigilo absoluto!Aceita cartões de crédito!Comprove! Seu próximo passo, será, abrir a agencia Bambi; as coisas iam de vento em popa. Sua mais recente jogada de marketing, para o próximo ano.
Ludovico, recebeu um estranho telefonema, do outro lado da linha, um convite para uma missão.Uma missão impossível...dali em diante, Ludovico sumiu, ninguém sabe, ninguém viu. O noticiário politico emudeceu, os analistas politicos tiraram férias forçadas.A venda de jornais e revistas sofreram uma bruta queda nas vendagens.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Ramom, Um Neto Encantador


Ramom : Um neto encantador Posted by Picasa Hoje resolvi colocar em exposição para os meus queridos amigos leitores e blogueiros, a foto de meu querido neto.A foto em cartaz, demonstra o quanto tem de peralta este garoto.O local, onde procurou tomar como assento, é parte da nossa cama.Adora ficar neste pedaço, vai ligeirinho na direção deste espaço.Ele é parte integrante de nossa felicidade. Sou assumidamente babão de meu neto, assim, como a avó Marilene.

Momentos de Felicidade


Chico da Silva Posted by Picasa Nasceu em 1923 no Acre, na fronteira do Brasil e do Peru e foi educado pelos indios da região. Aos 10 anos, mudou-se para Pirambu, um bairro pobre de Fortaleza.Trabalhou em diversos tipos de serviços, como: consertador de guarda-chuva, de fogão, sapato, etc...
Francisco Domingos da Silva, no ano de 59, passa a trabalhar sob os cuidados da Universidade do Ceará. Em 1961, grande parte do conjunto de sua obra passou a fazer parte do MAUC - Museu de Arte da Universidade do Ceará.Chico da Silva passou grande parte da sua vida na condição de analfabeto.Foi descoberto como artista, quando pintava os muros da Praia Formosa, no ano de 1942, por Jean-Pierre Chabloz, descrito em um artigo, onde reclamava da ausência da arte primitiva no Brasil.Participou com alguns de seus trabalhos em diversas exposições no exterior, entre elas,obteve uma premiação especial na Bienal de Veneza.Faleceu em 1985 no Ceará. Fonte de consulta: MAUC e Outras Palavras -
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Olá! Agradeço aos meus amigos blogueiros, pela simpática presença e os comentários feitos, aqui neste espaço.Quero declar publicamente meus agradecimentos para as doces e queridas amigas blogueiras: Janaína, do blog Alfarrábio; Saramar, dos blogs Escrevinhações e Falares e Carla Cristina, do blog Nunca te vi, Sempre te amei; citando e publicando textos de minha autoria.Sinto-me honrado por ser incluido em seus blogs. Muito Obrigado!

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Nas ruelas de meus sonhos
Escondi pesadelos
Percorri transversais do tempo.
Colando as
Lembranças mais remotas
Para olhar as paisagens da vida
Debrucei diante de imagens penduradas
Recolhidas no correr do tempo.
Cinzento.

Rascunhei
As páginas escritas
Por palavras cruzadas.
Bordadas e pintadas nos
Manuscritos das batidas do coração.
Partido.
Solitário.
Esquecido.

No reverso do verso ausente.
Ontem, como hoje,
Desenho desejos encarnados
Estampados por empoeirados
Momentos de felicidade.