Olá!
Meus Caros Amigos
No inicio dos anos setenta, quando freqüentava o IFCS/UFRJ, gostava de dar um giro pelas livrarias e sebos do centro da cidade. Havia algumas livrarias que estavam em meu roteiro semanal: a Livraria Padrão era uma delas, localizada na Rua Miguel Couto, número 40 no centro da cidade, de propriedade do tradicional livreiro e editor Alberto de Abreu Mathias e Carlos, falecido nos anos 90, era uma delas. A livraria Padrão, eu sempre a conceituei como uma boa livraria havia lançamentos de imediato, principalmente da área de meu interesse e livros importados portugueses, franceses e outros idiomas. Havia três livreiros como sócios: o senhor Vieira era mais ligado ao sebo, que ficava na parte superior da loja; Carlos e Alberto na livraria e editora . O s dois últimos tiveram passagem como sócios na livraria Acadêmica, se eu não estiver equivocado, era situada na Rua Primeiro de Março, depois transferida para a Rua Miguel Couto, quase em frente, onde é hoje a Padrão. A livraria Padrão como editora, tinham em seu fundo editorial as áreas de filologia, lingüística, língua portuguesa, dentre os seus editados, foram os filólogos: Mattoso Câmara Jr. e Celso Cunha, entre outros. Na livraria ainda temos o atendimento especial de Ana e seu filho André.
Na mesma rua, havia a loja do Ao Livro Técnico de Paulo Bluhm e de seu filho Reynaldo. Foi uma pena, que anos mais tarde a livraria é desativada, passava ali, algumas vezes, como sempre ia direto para as estantes de ciência sociais. Ao Livro Técnico, uma editora fundada nos anos 30; foi também distribuidora, com sede no bairro de São Cristóvão. Uma livraria com concentração na área técnica e de estudos de idioma.
Gostava de fuçar, perdia horas em uma livraria. Na loja do Ao Livro Técnico eu encontrava umas de suas representadas, a editora Herder, que depois passou a partir de 73 ser conhecida como EPU – Editora Pedagógica e Universitária, de Wolfgang Knap. A EPU foi fundada como Herder nos anos 50 . Percebe em seu catálogo a influência germânica, assim como em sua composição societária como por exemplo: Verlag Heder ou a Klett Ao Livro Técnico criou uma nova distribuidora, chamada Co-Livros. Alguns dos profissionais do Ao Livro Técnico deixam a empresa para montar a Citec, o grupo formado por Alberto, Edson, Nelson e se não estou equivocado, a Creusa, participavam da sociedade na distribuidora e livraria, inicialmente montada no Edificio Central.
Uma outra editora que eu procurava era a Livraria e Editora Pioneira de Ênio Matheus Guazzelli,com um bom catálogo na área de ciência sociais. Interessante lembrar que nesta época havia muitas editoras firmando co-edição com a USP.
Nos anos 80 fui vendedor da Perspectiva, uma excelente editora, um senhor catálogo, percebe-se inúmeros títulos com a chancela da USP; atuei junto ao distribuidor do Rio de Janeiro que ficava na Rua do Rosário. A distribuidora, representava também a editora paulista Moraes, antiga Cortez&Moraes. Houve um racha entre os editores José Xavier Cortez e Orozimbo José Moraes, cada um, foi para um lado. Até os distribuidores foram diferentes, um continuou com a Brasilivros e o seu representante no Rio, depois, a empresa no Rio passou a se denominar Distrilivros e a Moraes com a Expectativa.
Caminhar pelas ruas do Rio de Janeiro, pela Rua Buenos Aires, entrava e ficava por pouco tempo, não era uma grande livraria, estava marcando presença no ramo editorial e do comércio de livros, a Editorial Labor do Brasil, lançou entre nós, em edição de bolso, o livro 26 Poetas Hoje, organizado por Heloisa Buarque de Holanda. Algum tempo depois, a Labor desativa a parte editorial e fecha a livraria. O formato predominante dos livros da Editorial Labor era o de bolso. Quem colaborou na editora foi Ana Cristina César (1952/1983), seu pai, o sociólogo Waldo César, foi um dos criadores da editora Paz e Terra e da revista na segunda metade dos anos 60. Foi uma fase ecumênica, ali, abrigava filósofos marxistas, católicos e não-católicos.
Em 1973, passa para Fernando Gasparian., que transformou a editora em uma importante via de resistência à ditadura militar. No final dos anos 70, fui divulgador editorial na área universitária, trabalhei direto com Fernando Gasparian, na ocasião a editora, ficava na Rua André Cavalcanti. Anos mais tarde voltei a trabalhar na editora, que estava sob o comando de Marcus Gasparian, fiquei por quase cinco anos na editora, atuei em São Paulo e no Rio de Janeiro. Gasparian nos anos 90 é eleito deputado constituinte. Uma editora que tinha todo o meu perfil, foi um casamento ideal, o pessoal do livro reconhecia a minha interação com a editora. Sai dali para montar uma distribuidora com perfil universitário, momento em que também fui editor. Vivi na década de noventa, os momentos de crise das distribuidoras, muitas fecharam, como a que era considerada como a maior distribuidora da cidade, a Irradiação Cultural, de Stélio e em São Paulo, quem apresentava sinais de crise, era a Brasilivros de Juarez Cordeiro. Identifico como fator de contribuição para o declinio das distribuidoras, a crise em que passaram diversas livrarias e redes neste periodo. A pequena margem de lucro para se trabalhar na praça em que está localizado o distribuidor, é um custo muito elevado. Arcamos com as diversas despesas, poucas editoras com exclusividade. A dificuldade de girar um catálogo, enfim, muita água debaixo da ponte. O papo segue em uma próxima oportunidade.
Na mesma rua, havia a loja do Ao Livro Técnico de Paulo Bluhm e de seu filho Reynaldo. Foi uma pena, que anos mais tarde a livraria é desativada, passava ali, algumas vezes, como sempre ia direto para as estantes de ciência sociais. Ao Livro Técnico, uma editora fundada nos anos 30; foi também distribuidora, com sede no bairro de São Cristóvão. Uma livraria com concentração na área técnica e de estudos de idioma.
Gostava de fuçar, perdia horas em uma livraria. Na loja do Ao Livro Técnico eu encontrava umas de suas representadas, a editora Herder, que depois passou a partir de 73 ser conhecida como EPU – Editora Pedagógica e Universitária, de Wolfgang Knap. A EPU foi fundada como Herder nos anos 50 . Percebe em seu catálogo a influência germânica, assim como em sua composição societária como por exemplo: Verlag Heder ou a Klett Ao Livro Técnico criou uma nova distribuidora, chamada Co-Livros. Alguns dos profissionais do Ao Livro Técnico deixam a empresa para montar a Citec, o grupo formado por Alberto, Edson, Nelson e se não estou equivocado, a Creusa, participavam da sociedade na distribuidora e livraria, inicialmente montada no Edificio Central.
Uma outra editora que eu procurava era a Livraria e Editora Pioneira de Ênio Matheus Guazzelli,com um bom catálogo na área de ciência sociais. Interessante lembrar que nesta época havia muitas editoras firmando co-edição com a USP.
Nos anos 80 fui vendedor da Perspectiva, uma excelente editora, um senhor catálogo, percebe-se inúmeros títulos com a chancela da USP; atuei junto ao distribuidor do Rio de Janeiro que ficava na Rua do Rosário. A distribuidora, representava também a editora paulista Moraes, antiga Cortez&Moraes. Houve um racha entre os editores José Xavier Cortez e Orozimbo José Moraes, cada um, foi para um lado. Até os distribuidores foram diferentes, um continuou com a Brasilivros e o seu representante no Rio, depois, a empresa no Rio passou a se denominar Distrilivros e a Moraes com a Expectativa.
Caminhar pelas ruas do Rio de Janeiro, pela Rua Buenos Aires, entrava e ficava por pouco tempo, não era uma grande livraria, estava marcando presença no ramo editorial e do comércio de livros, a Editorial Labor do Brasil, lançou entre nós, em edição de bolso, o livro 26 Poetas Hoje, organizado por Heloisa Buarque de Holanda. Algum tempo depois, a Labor desativa a parte editorial e fecha a livraria. O formato predominante dos livros da Editorial Labor era o de bolso. Quem colaborou na editora foi Ana Cristina César (1952/1983), seu pai, o sociólogo Waldo César, foi um dos criadores da editora Paz e Terra e da revista na segunda metade dos anos 60. Foi uma fase ecumênica, ali, abrigava filósofos marxistas, católicos e não-católicos.
Em 1973, passa para Fernando Gasparian., que transformou a editora em uma importante via de resistência à ditadura militar. No final dos anos 70, fui divulgador editorial na área universitária, trabalhei direto com Fernando Gasparian, na ocasião a editora, ficava na Rua André Cavalcanti. Anos mais tarde voltei a trabalhar na editora, que estava sob o comando de Marcus Gasparian, fiquei por quase cinco anos na editora, atuei em São Paulo e no Rio de Janeiro. Gasparian nos anos 90 é eleito deputado constituinte. Uma editora que tinha todo o meu perfil, foi um casamento ideal, o pessoal do livro reconhecia a minha interação com a editora. Sai dali para montar uma distribuidora com perfil universitário, momento em que também fui editor. Vivi na década de noventa, os momentos de crise das distribuidoras, muitas fecharam, como a que era considerada como a maior distribuidora da cidade, a Irradiação Cultural, de Stélio e em São Paulo, quem apresentava sinais de crise, era a Brasilivros de Juarez Cordeiro. Identifico como fator de contribuição para o declinio das distribuidoras, a crise em que passaram diversas livrarias e redes neste periodo. A pequena margem de lucro para se trabalhar na praça em que está localizado o distribuidor, é um custo muito elevado. Arcamos com as diversas despesas, poucas editoras com exclusividade. A dificuldade de girar um catálogo, enfim, muita água debaixo da ponte. O papo segue em uma próxima oportunidade.
3 comentários:
Um abraço, Wilton !
Outro pra você, caro amigo Jôka.
querido, é bom lembrar, né? bjs laura
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