segunda-feira, fevereiro 27, 2006

De Volta ao Passado - Parte Um

Aparecida Azedo - Pintora autodidata, nascida no ano de 1929, no interior de São Paulo, na cidade de Brodowski, a mesma em que nasceu Portinari. Desde cedo foi filiada ao Partido Comunista (PCB). Em 1950, veio morar no Rio de Janeiro e começou a freqüentar a residência de Graciliano Ramos. Foi aluna de Ivan Serpa, casou com o jornalista Raul Azedo. Criou seis filhos. Esteve por diversas vezes presa Sua primeira exposição foi realizada em 1973. A autora está em exposição permanente do Museu Internacional de Arte Naïf (MIAN). O historiador Ivan Alves Filho, editou uma obra biográfica em sua homenagem. Zelito Viana dirigiu Uma Vida em 24 Quadros, documentário baseado no livro de Ivan, intitulado A Pintura como conto de fadas, editado pela Fundação Astrogildo Pereira, em 2003. Participa de exposição no Museu Nacional de Belas Artes. Homenageia os centenários de Drummond e de Portinari.(Fonte: Gramsci e o Brasil, AOL Páginas Pessoais/Aparecida Azedo, PPS, Educarede)
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Antes de cair na folia, deixo o texto pregado no mural da Quitanda. Desejo uma ótima semana para vocês.
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De volta ao passado. Através dos tempos vou recolhendo os fragmentos para a compreensão de minha trajetória.Dou uma parada no tempo, pego o retrovisor para desvendar minha inserção em um dado momento da história, de minha história de vida. O que me levou a esta fase, foi a notícia recente que li na web, informando sobre o fim da Rádio Cidade FM do Rio de Janeiro, que foi adquirida pela empresa de telefonia Oi. A Rádio Cidade, a partir da primeira semana de março, passa a ser denominada Oi FM, uma emissora que opera em seis cidades brasileiras. Ontem, no céu de Copacabana, na praia, diversos banhistas ficaram entretidos com a logomarca da Oi, feito por fumaça e dissipada em seguida.A empresa estava muito preocupada para ocupar o espaço em nossa cidade, por fim, conseguiram.
Decepção! Não foi maior por ter sido uma decisão dos atuais donos do Jornal do Brasil, não esperava outra coisa, uma vez que há boatos que a Rádio JB, pode ser adquirida pelo Sistema Globo de Rádio. Aliás, o grupo Jornal do Brasil tem a vocação de destruir as rádios de seu sistema. Criou a rádio 105 FM para disputar espaços com a 98 FM, do Sistema Globo de Rádio. A Rádio Manchete das empresas Bloch, é criada e acirra a disputa pela audiência.Algum tempo depois, a Manchete, entra em crise, arrendam para o empresário e apresentador Jair Marchesini. Lembro que a Manchete passou por uma fase com a bandeira do Flamengo, assumindo uma face rubro-negra em sua programação. Não deu certo, nem poderia, uma rádio de um único time.
Pelo visto, audiência incomodava muito os antigos donos da rádio que se dizia rockeira. A grave crise na empresa jornalística empurrou as decisões de implodir como fez com o JB (Jornal), detonando a rádio. O JB perseguiu e conseguiu com sucesso despencar em vendas, foi passado pelo Extra e O Dia. As rádios não poderiam conseguir destino diferente.
Acabou na década de 90 com a Rádio Opus 90 FM, dirigida pela jornalista Heloísa Fischer, com predominância de música clássica. Heloísa, mantém o portal Viva Música! A rádio ficou por pouco tempo no ar, foi passada adiante para uma outra rádio.A Rádio 105 de sucessos populares, foi vendida anos mais tarde para um deputado e depois para a Igreja Universal do Reino de Deus, passando a denominar como Rede Aleluia – A rede da família - composta atualmente por 56 emissoras.
O Ano de 77, criou um vínculo maior comigo, em um primeiro momento, por ter sido o ano que o meu primeiro e único filho nasceu. No dia de seu nascimento, Marilene sofreu um abalo no trabalho de parto, ficou inconsciente por mais de 10 dias. Foi um período de apreensão, de angústia no desenvolvimento daquele quadro. Ficou sob os cuidados de neurologistas e recuperada lentamente. Sairam juntos da maternidade. Meu filho não pode ser amamentado pela mãe, foi tratado à base de leite Nanon. Nasceu no mês de maio, o mesmo do surgimento da Rádio Cidade, uma invenção de Carlos DunsheeTownsend, sobrinho da Condessa Pereira Carneiro.
Há muito tempo, que a Cidade vinha perdendo suas características. Fui ouvinte da primeira fase da rádio, de 77 a 81.Uma interessante experiência que balançou com a mesmice dos rádios na cidade do Rio de Janeiro.Curti muito as criativas vinhetas.Um bom e seleto grupo de locutores, entre os quais destaco o querido Fernando Mansur ( atualmente apresenta os programas Palco MPB e Revista MPB, na Rádio MPB, que em 2005 foi adquirida pela Bandeirantes), mais Eládio Sandoval, Jaguar, Monika Venerabile, Romilson Luis, Ivan Romero e outros.
Falar sobre rádios, para mim, é uma volta ao passado.De minha formação de ouvinte, na escuta das rádios Mundial, Mayrink Veiga, da Tamoio, Continental, Mauá, do Jornal do Brasil.e muitas outras. O rádio é meu companheiro constante, o levo para qualquer lugar.Tive diversos aparelhos, desde o Philco Super Transglobe até o rádio Spica. Volto ao assunto no próximo post.

14 comentários:

Lia Noronha disse...

Wilton : vc é um homem que valoriza a Arte e seus vários segmentos...parabéns!
Boa semana e beijos bem carinhosos da amiga de sempre.

Lia Noronha disse...

Boa quarta -feira de cinzas...neste dia de festa para os cariocas!

Beijos bem especiais da amiga de sempre.

Laura_Diz disse...

Querido, eu ouvia a Tupi, não era ela que tinha música clássica à noite?
era sim.

Poxa, não sabia que Marilene tinha passado mal no parto, coitada.

Não viu os rollings Stones nem de longe??

Dia 28 foi aniversário do seu amigo Fabricio, lembrou? ele ficava p da vida porque eu dizia:"é dia 29 né?" ó de sacanagem e ele não sabe brincar, respondia p da vida hahaha gostava de provocá-lo hihihhi este mundo virtual anda devagar, né? tenho estado menos aqui tbm, preciso investir em outras coisas, ai ai bjs querido amigo, elianne

Wilton Chaves disse...

Olá!
Querida Laurinha, a Tupi Fm, nos anos 60 e seguintes, foi conhecida como a rádio de escritório/ elevador,tocava música ambiente. Imagino que foi para concorrer com a pioneira rádio Imprensa, Hoje ela segue o modelo da rádio paulistana Nativa e leva o mesmo nome.É uma empresa do Diário Associados.Andaram um tempo, falando em Amor do Rio. Hoje, pode ser considerada como "Romântica".
Eu ouço às 5:00 o programa conduzido pelo filho de Roberto Carlos, com músicas do pai.A Rádio JB, também tocava música clássica na parte da noite.
O bom burguês há muito tempo que anda sumido, realmente o aniversário dele foi dia 28/2.
Laurinha Meu Amor, obrigado pelo toque. Beijinhos.

Anônimo disse...

Que saudades dessas telas todas!
Fazia um tempão que não as olhava!
Abraço!

Anônimo disse...

Querido, agradeço a visitinha lá na vida em movimento! Passo para deixar o meu abraço tb.

Lia Noronha disse...

Adorei os seus e-mails.
Obrigada pelo carinho de sempre.
Volto logo pra ver esse varal repleto de criatividade e talento artísticos.

beijos carinhosos.

Wilton Chaves disse...

Observação ao texto enviado como resposta para a querida Laura: Retificando. donde se lê:... do Diário Associados,lê-se ... dos Diários Associados.

Wilton Chaves disse...

Olá!
Jane agradeço pela sua presença e o comentário feito. Um grande abraço.

Wilton Chaves disse...

Querida Priscila, tenho sempre visitado a doce amiga, apenas não posto comentários.Beijos

Wilton Chaves disse...

Linda Lia, sua presença encantadora na Quitanda, faz sempre o brilho em meu Cotidiano. Beijos

Janaina disse...

Viu o que é o talento? Eu digo: a gente até aprende as técnicas, o "como fazer". Mas se não tiver dom, nunca vai ficar tão belo... Assim é a Aparecida com a pintura e o Wilton com as palavras...

Anônimo disse...

Psiu?
Passando pra desejar um bom fim de semana!

Lena disse...

Menino, kd vc? Tá de férias, é? Bjo!!