terça-feira, março 20, 2007

Escrevendo sobre mercado editorial















Moacir Faria
:
Moacir Soares de Faria, artista goiano, nascido em São Jorge , na Chapada dos Veadeiros. Artista deficiente e identificado com a Art Brut; termo criado por Jean Dubuffet, nos anos 40 para a arte feita por artistas sem educação artistica
(Fonte de Consulta:http://www.altiplano.com.br/)


Olá!

Reapareço após longo período afastado deste espaço. Volto a escrever sem a promessa de produzir textos com assiduidade inicial de quando criei o blog. A vontade de escrever e a saudade da Quitanda prevaleceram. Daí o meu retorno. Claro que pedidos de amigas blogueiras, foram levados em consideração.

Atualmente estou mergulhado em um levantamento da produção ficcional brasileira dos anos 80. É sem sombra de dúvidas um trabalho árduo e que agrava mais por não contar com nenhum recurso. Esbarro com muitas lacunas, tenho observado e me deixa convicto que há poucos registros sobre a memória do mercado editorial brasileiro.

Aqui, sinto realmente que marquei bobeira em não ter coletado um material que hoje poderia ser de grande valia para o que eu pretendo investigar. Como já tive oportunidade de salientar, trabalhei com diversos editores, e fui representante de diversas editoras como distribuidor nos anos 90. Embora, por muito tempo sempre em conversas com os editores a pauta dominante era o mercado de livros. O que estava sendo editado, comercializado na cidade do Rio de Janeiro, livrarias ou editoras que haviam fechado. Comentávamos também sobre preço de livros ou até indicações de livros para reimpressão.

Trabalhei por mais de uma vez com os editores: Fernando Gasparian, falecido no ano passado, em 07/10/2006, era o proprietário das editora (Paz e Terra, Livraria Argumento e Edições Graal) e Robson Achiamé Fernandes (Achiamé) que há muito não vejo, a informação que disponho, salvo engano, transformou-se em um editor de obras libertárias, anarquistas. Lembro que vendia os livros de Edgar Rodrigues, militante anarquista vindo de Portugal para o Brasil em 1950.

Vou continuar escrevendo no mural, pendurar “poesias”, contos ou rabiscar uma miscelânea qualquer no varal, remexer no baú e rascunhar sobre o meu cotidiano. O livro como sempre faz parte deste meu universo. Continuo lendo, principalmente obras dos anos 80. Fico fuçando em sebos, principalmente, os de Copacabana.

Espantado tenho presenciado a falta de informação, matéria prima do trabalhador em livraria de livros usados. Um desconhecimento total. Há poucas livrarias em que você possa identificar o vendedor leitor, aliás, através de uma enquete indagando: “o que é mais importante numa livraria?”, publicada hoje no site Leia Livro da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, liderava como o mais votado, exatamente a figura do vendedor leitor.

Outro dia, eu e Marilene, visitamos a Livraria Argumento, inaugurada em Copacabana, fomos comprar um livro pra Ramom. Para minha surpresa fui atendido por uma vendedora que tinha sido minha cliente quando eu trabalhava na Francisco Alves e na Unilivros; colocamos em dia, os papos, quando lembrei que a mãe, uma psicóloga, era na ocasião uma grande consumidora de livros, foi também minha cliente.

Mesmo com a chegada de nova estação, o tempo no Rio de Janeiro, está nublado e com um calor intenso, pelo menos estou sentindo. Ramom está o maior barato, muito levado; o nascimento do irmão, ou melhor, a convivência com Ricardo tem sido beligerante, acho mesmo que nem seria diferente. O ciúme é inerente ao ser humano.

Bom, estou de volta, espero entrar no ritmo. Um abraço para todos que aqui passam.

3 comentários:

Lia Noronha &Silvio Spersivo disse...

Wilton: que bom que retornou!!!Ufa!!!que saudades!!!Não some mais não...ok?
Beijos mil!!!!

Anônimo disse...

Adorei o texto...como sempre vc nos apresenta artistas maravilhosos!!
Boa semana pr avc.
Beijos diretamente do meu saudoso Cotidiano.

Jôka P. disse...

Wilton, muito importante o seu comentário no av.Copacabana sôbre o mercado de livros usados, que passa por sérias didiculdades - assim como o mercado fonográfico, o de arte e a grande maioria do comércio.
O dono do sebo onde levei os livros antigos,medisse que se não fossem os 3 ou 4 computadores com internet que ele aluga por hora, já teria fechado a loja há muito tempo.
Bom ver que voltou a escrever nesse blog, pensei que havia desistido.
O novo lay-out está superbacana.
Abçs!
Jôka