terça-feira, maio 16, 2006

No Reino de Ramom

Samson Flexor : Nascido em Soroka, Romênia, no ano de 1907 e faleceu na cidade de São Paulo, em 1971. De origem franco-romena, com formação em Paris e conhecido inicialmente na pintura mural e na arte sacra, passou o seu aprendizado pela Escola Nacional de Belas Artes e na Academia Ranson. Foi ligado a Henri Matisse e Fernand Léger Considerado como o pioneiro do Abstracionismo. Chega em nosso país, com o grupo conhecido como "Pintores Independentes de Paris", promovendo uma mostra individual de seus trabalhos, depois da metade dos anos 40, inicia atividade artística, participando ativamente na formação de artistas no Ateliê Abstração (1951). Presente em diversas bienais, como: de São Paulo, Veneza e Tóquio.(Fonte de Consulta - Folha de São Paulo, site Pitoresco, Sobiografias, Portal das Artes)Uma obra editada pela USP, com o título de "Samson Flexor: Do Figurativismo ao Abstracionismo, de autoria de Alice Brill, publicado em 1990.
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Olá!
Estou de volta para deixar um texto que escrevi sobre o meu neto Ramom. Tenho encontrado bastante dificuldades em ficar conectado pelo Virtua, incrível tem ficado pior que o Velox, que abandonamos no mês de março. O tempo está nublado e frio, isto também quer dizer, que por ora, deixamos de caminhar. Agradeço aos amigos pela presença e os comentários.
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Volto a ser criança no encontro com o meu neto.Visto fantasias, teço ilusões e esperanças ao estar com Ramom. Ele, uma doçura de criança. Esperto, alegre e muito travesso.Trás ao chegar aqui, o mundo mágico e divertido, nas horas em que passamos juntos. Irradia um bonito sorriso ao chegar, ao me abraçar e beijar. Estou feliz! O espetáculo vai começar. A casa se transforma em palco e picadeiro deste pequeno artista.Livre, leve e solto, passa a correr de um lado ao outro. Nós, os avós neste momento nos transformamos em súditos no Reino Encantado de Ramom. Só dá ele e nem poderia ser diferente. Ele, é um garoto sensível à histórias infantis, à música e ao teatrinho que vai com a minha afilhada. Gosta muito de jogar bola, chuta e grita gol; sem nenhuma interferência do pai ou do avô, posso garantir, grita entusiasmado pelo Vasco. Insisti uma vez, para que torcesse pelo time da mãe, não houve jeito, pela primeira vez, detectei uma aversão, uma manifestação alérgica ao pronunciar o nome do adversário histórico de seu time. É verdade, que tentativas houveram, chegou a ser induzido por uma minoria feminina do lado materno, para que fosse torcedor daquele time. Ramom optou por desobedecer a sugestão materna, decidiu optar pelo melhor antídoto, que por pura coincidência, foi torcer pelo time da maioria esmagadora da familia paterna. Com minha formação democrática, respeitei a sua melhor opção.
Adora o livro de Sylvia Orthof, A Velhota Cambalhota, nele identifica personagens e algumas cores da ilustração, que é feita por Tato, seu marido.Lembro de Sylvia ao dar autógrafo para o meu filho, em uma bienal no Rio Centro. Enfretamos uma fila e houve uma incrível coincidência, o menino que estava na frente de meu filho,com idades próximas, tinham o mesmo nome. Raoni é o seu nome. Quando fui livreiro sempre procurei ter os livros de autoria de Sylvia. Sua obra é imensa, estimo em mais de 100 livros. É sempre consumida pelo público infantil. Li alguns de seus títulos e percebo uma boa dose de humor, aliás, é uma de suas caracteristicas. Infelizmente, Sylvia, moradora da cidade de Petrópolis, nos deixou em 97. Recordo que nos anos 90, fui apresentado pela editora Rose Muraro, quando trabalhei na editora Espaço e Tempo, a autora de um grande best-seller, chamado Livro da Sorte, escrito por Syvia, sob pseudonimo. A autora vez por outra aparecia na editora.
Como ouvinte, Ramom, gosta que repita diversas vezes a mesma história. Passa para outros livros, no entanto, o livro que mais lhe agrada, é o da Velhota. Ramom ainda não tem dois anos, está próximo de realizar os festejos desta data.O mês de julho, se aproxima.Os pais imaginaram a decoração com motivos de uma floresta. Decidimos pela festa no prédio.
Gosto de escrever ou falar sobre o meu neto, embora, eu esteja me preparando, ou melhor, eu e Marilene, para daqui alguns meses, receber a presença de mais um neto.Há uma grande torcida para que venha uma menina, ainda mais pelo lado materno, em que a prole, só é masculina.Totalizam onze meninos.Uma menina, quebraria esta corrente. De qualquer forma, venha o que vier.
Acho muito gozado o grito de avô que Ramom, faz ao me chamar. Há momentos em que me chama pelo nome, outras, pelo nome da avó ou da bisa. A mãe o repreende para que chame pelo de avô. Não ligo, qualquer maneira que me chame, acho muito legal. Não gosto de muita formalidade, prefiro que ele seja meu amigo e que tenha respeito e acate algumas orientações. Sou o avô e pronto.
Ramom, esta semana vai para o colégio, o mesmo que a mãe estudou, começa na quarta-feira. Creio, que por sua natureza, vai interagir muito rápido com as outras crianças. Vai haver todo um ritual de entrada na escola, a mãe e alguns familiares participarão deste processo. Torço por este momento, pois acredito que seja a oportunidade de meu neto, começar a comer coisas mais sólidas e sadias. Espero sim, que remova a sua neofobia, passe a se alimentar não só de comida, como de sonhos e fantasias.

9 comentários:

Anônimo disse...

Wilton, meu querido amigo.
Eu sempre fico emocionada quando leio o que escreve sobre Ramon. O maor é tão imenso que sinto o perfume dele em suas palavras. Isso é maravilhoso, para você, sua esposa e principalmente para ele, o Rei deste reinado de carinhos.
Mas, neste texto, emocionei-me mais ainda porque me lembrei da infância dos meus filhos, todos apaixondíssimos pela Sylvia Ortoff. Ainda hoje guardo alguns livros, compradoshá mais de 25 anos para eles. O preferido aqui em casa era "Uxa, ora fada, ora bruxa", lido e relido milhares de vezes, encenado, recitado, cantado.
Que saudade, meu Deus!
Obrigada, meu amigo, por me fazer reviver a infância dos meus filhos.

Beijos e felicidades para todos.

Wilton Chaves disse...

Querida Saramar, obrigado pela visita e o comentário.Vivi períodos da minha infância me deliciando e viajando com os autores, principalmente Monteiro Lobato e Viriato Correia, em Cazuza, livro editado no final dos anos 30.Nós também passamos muitas horas diante dos livros de Sylvia,são divertidos e de fácil leitura. Beijos

Laura_Diz disse...

Muito bom te ver assim animado meu querido.
fiz um post pra vc lá, é de brincadeira, nada sério, vá ver. bjs laura

Anônimo disse...

Wilton querido, vim retribuir o seu abraço. Como sempre postado belos textos!
Beijos e fica com Deus!
Jane

Anônimo disse...

E viva o Ramon querido!!!!!!
Bjos Wilton...obrigada pelo seu carinho lá no Espelho.

Anônimo disse...

Fiquei muito comovida com tudo o que li. Você sempre nos emociona quando fala do seu príncipe Ramon.
São momentos inesquecíveis que nos encanta e nos enche de esperanças. Participar ativamente do desenvolvimento do nosso primeiro neto, é prazeroso, é tudo novidade, felicidade, emoção...
Bjãooo querido e fique com Deus. Ao querido Ramon parabéns por fazer parte de uma família tão cheia de luz e amor!!!

Janaina disse...

O Ramom tem uma superfã!!!
Adoro as histórias de vocês dois.
Beijão, Wilton!

Lia Noronha disse...

Wilton: que maravilhosa homenagem pra esse neto tão especial...e muito amado com certeza!!!
Bom fim de semana pra toda essa linda família e beijos bem carinhosos pra vc.

Anônimo disse...

Tô muito curiosa. Como foi a ida do Ramon à escola?

Creio que o Vozão foi assistir a entrada e acabou ficando por lá. Ou a face foi lavada com lágrimas?

Aguardo você no no local costumeiro para relatar tudo direitinho.

Beijos.
Arlete