domingo, dezembro 04, 2005

EU ACUSO

Meus amigos, o garoto que está preso pelos meus braços, é a pessoinha responsável pela minha ausência durantes estes dias no blog. Daí o meu sumiço. Assim que chega, ele anuncia sua presença ao chamar por vô, antes de tocar à campaínha Para mim, como já tive oportunidade de declarar, é o momento de instalação do estado de alegria. Eu fico tão contente que nem pinto no lixo. Ramom muito engraçado, exala brincadeira por todo momento em que está conosco. Mas não é só brincadeira, reconheço que tem um momento de seriedade, e é quando aplica as famosas lições de digitação aleatória e com a palma da mão aberta mirando qualquer tecla. O dedinho também é um elemento importante nas aulas, serve para apontar as coisas que nem sempre é possível de ser atingida ou permitida. Se ele imagina que me ensina, eu também ensino, pois oriento que há interdição para determinados alvos apontados. Começa a entender o Não! a negativa necessária para a convivência.
Ramom, penso às vezes, que caiu do céu, e parece com um anjinho e as travessuras que faz, é própria de sua natureza angelical. Se alguém me perguntar se gosto de falar sobre o meu neto, eu confirmo, não só escrever, narrar as peripécias, bem como conviver com este pinguinho de gente. Sua presença altera o nosso cotidiano, chego a me transformar ou pelo menos liberar aquele lado "criança" que nós possuimos e o deixamos soterrados dentro da gente, encombrindo com altas doses de seriedade e outros papéis que nós adultos desempenhamos, na familia e na sociedade. O reinado de Ramom, é absoluto, em sua homenagem, vou para à cozinha fazer vitaminas. Na hora do banho, também, divido com Marilene, eu dou o suporte, apanho tudo que tem direito: toalha, sabonete, banheira, xampu e o levo para ser enxugado.
Gosto muito de observar sua evolução/desenvolvimento/linguagem; aprecio quando pega uma pequena cadeira e conduz pelos espaços da casa. Da amizade que criou com um macaco, que ele chama de "caco". Marilene comprou para ele na sexta, um ursinho de pelúcia, transformou-o em um novo amigo. A presença infantil de meu neto, ao meu redor me proporciona uma desorganização, um sensação de quebrar as amarras da rotina. Brinco e me divirto muito, meu esqueleto, por ora, reclama, mas é suportável, ficar no chão e acompanhar as brincadeiras. Dar um abraço bem apertado ou como diz minha querida amiga e avó Mércia, de encostar costelas, curto de montão, quando assim faço. Como não temos o ônus de castigar, pois, cabem aos pais, ficamos livres e damos liberdade. Liberdade é o que eu sinto ao sair de mãos dadas pela rua com o neto, com aqueles passinhos claudicantes. De correr atrás dos pombos no calçadão, tudo isso, enfaixado por sorrisos, gritinhos e um falar para os outros, que só ele entende. Muito engraçado quando dispara a falar. Ontem mesmo, tocou campaínha, eu falei: vamos ver quem é? como a pessoa errou de apartamento, logo não apareceu, ele danou a falar umas frases para o imaginado visitante. Ri muito e o incentivei a supostamente imaginei ter ficado na maior bronca por não ter aparecido nenhuma pessoa. Ramom gosta de visitar os avós paternos. Por tudo que aconteceu a partir do mês de julho, tenho apenas a declar, que ele, apenas ele, é o responsável pela minha breve ausência; simplesmente, por achar o meu neto, um garoto maravilhoso.
Agradeço muito pela visita feita e os comentários feitos ao post anterior, dedicado ao artista plástico, blogueiro e querido vizinho Jôka P. O amigo Jôka é sucesso em qualquer ambiente que se faz presente. Um bom domingo, agora pela manhã vou dar uma caminhada.

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