quarta-feira, maio 11, 2005
Estranha Liberdade de Expressão!
F. Léger
Uma amiga, deixou pregado no mural da Quitanda:
"Vem ser parceira, diz a Águia à Galinha;
Amo voar mas, depois,
O descanso da parceira
É o ninho a vida inteira!
Galinha: Não sei voar,
Não quero nem tentar,
Mas gosto de ver nas alturas, meu par!
Casaram-se depois disseram "Isto é Amor, vida minha!"
A Galinha alí, sentada, a Águia a voar sozinha"
(Charlotte Perkins Gilman -1868/1935)
Lamentamos, mas continuamos com outro tipo de censura,a mais preocupante, a dos censores togados. Foi imposta por uma figura do Poder Judiciário, ou melhor, um magistrado da Vara Cível de Goiânia , achou por bem,atendendo a um pedido do senhor deputado federal Ronaldo Caiado, antigo líder da UDR(União Democrática Ruralista)e candidato à Presidência no ano de 1989, sob alegação de ter sido ofendido pelo escritor.Entrou com um processo no Forum de Goiânia, contra a edição do livro de Fernando Morais, que estava em Paris e ignorava a decisão determinada pelo juiz, Doutor Jeová Sardinha,para mandar retirar do mercado livreiro, ou seja,apreender todos os exemplares do livro "Na Toca dos Leões", do escritor Fernando Morais, editado pela Planeta do Brasil, inclusive na sede da editora.O meritíssimo, proibe que o escritor, a editora e o publicitário, falem sobre o assunto, sob pena por descumprimento, uma multa no valor de R$ 5 mil.O nosso país é chegado a estas situações, "adora" este exercicio de volta ao passado e como George Santayana,cita:"Aqueles que esquecem o passado estão condenados a repeti-los" Pra não cair no esquecimento, será interessante dar uma olhada na Constituição Federal, promulgada em 05/10/1888, em seu Capitulo 1, artigo 5,IV,IX e 220, caput 1 e 2, consultei o Código de Processo Civil, editado pela Revista dos Tribunais.
Acho que não se deve esquecer que no final de abril, o jornalista Jorge Kajuru, por esta mesma justiça do estado de Goiás, impôs penalidade de 18 meses de prisão domiciliar, atendendo ação promovida pelas Organizações Jaime Câmara.Impedindo dele trabalhar.Quem tiver maior interesse nos tópicos ligeiramente abordados aqui, faça uma visita ao site do Observatorio da Imprensa Não esquecer das ameaças feitas ao jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto em Belém, feitas pelo diretor do jornal O Liberal em um restaurante.
Noticia boa, o novo B do Jornal do Brasil. Considerado agora como B o jornal do Rio.O caderno B, está como Editor Chefe: Ziraldo, o Editor Executivo: Luis Pimentel, Entrevistas Ricky Goodwin. Foi uma melhora, mas não deixo de pensar em Bundas e no Pasquim, nas suas diferentes fases. Bom pra nós leitores, mas a dúvida permanece, até quando a diretoria do JB, vai manter esta equipe? O que há de demissões e afastamentos, é uma grandeza...Neste B, tem Marina Colassanti, Nani, Fritz Utzeri, Antonio Torres, Fausto Wolf, Reynaldo Jardim, Márcia Peltier, Aldir Blanc,Ulisses Mattos e muito mais. Esta foi uma boa mudança, mas os outros cadernos, continuam sob meu ponto de vista, sem muito atrativo. Fui assinante do JB em várias ocasiões, na última fase foi muito conturbada,era um caos ser assinante, muitas falhas. Avisei por e-mail e telefonemas para as pessoas competentes e nada de respeitarem uma decisão de não voltar a ser assinante, nem ser incomodado pelos atendentes, tudo em vão. A irritação era tão grande, que eu falava, não volto a ser assinante, nem que o JB me ofereça um carro ou apartamento.O JB conseguia com esta fachada de moderno, de economia, da péssima situação financeira que vivenciou, demitiu muita gente.Parecia estar em uma eterna crise.Não poderia ser leitor de um jornal de estranho comportamento, Deve ter sido um grande gênio, o profissional que faz proposta desta natureza...eliminar(despedir) jornalistas e (afastar)leitores.Agora querem colocar drops na boca dos leitores.
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