sexta-feira, maio 27, 2005
No Mural da Quitanda: Coisas que o Povo Diz...
Beatriz Milhazes - RJ,1960 Pintora/Gravadora/Professora - Geraçao 80 -
Olá!
Hoje foi dia de olhar para o Mural e recolher frases, metáforas que fazem parte do cotidiano do povo brasileiro.São coisas que o nosso povo diz.Isto, não quer dizer, que os outros povos, não utilizem deste modo de falar e explicar determinadas realidades sociais.Cabe neste momento, alertar aos meus dois leitores, o que foi arrolado, é apenas, para efeito de demonstração, ou melhor, de exposição, do que é colocado aqui, no Mural da Quitanda.
São construidas frases, provérbios,chistes,piadas, aforismos,máximas e ditos populares; que são retiradas do universo popular,da tradição oral dos povos e de familias...como uma linguagem fácil e de fácil comunicação. São possuidoras de uma oralidade muitas vezes, revestidadas por metáforas ou entendidas como percepções de si e dos outros.Algumas falas são reflexos dos países, elas são atuantes,sua difusão é propagada no cotidiano.Está presente em todas as manifestações artisticas, seja em livros, fábulas, piadas, filmes publicitários, músicas, transitam em todos os segmentos sociais.
Há várias maneiras,que são utilizadas e compartilhadas com a pluralidade de dizeres, expressões que são compreendidas como saberes populares.Sua elaboração são produzidas por traços e caracteristicas essenciais, por exemplo: brevidade, agudeza e sensibilidade.Todas pertencentes ao universo da linguagem simbólica.Todas provindas no bojo das observações das múltiplas realidades sociais.Não pretendo dar uma feição mais exploratória ao que está no Mural, não assumo portanto, a pretensão de qualquer estudo ou qualquer vínculo com disciplinas do conhecimento,fujo deste caráter acadêmico.Sei da existências de estudiosos, folcloristas, antropólogos, historiadores, psicanalistas, pesquisadores e de bibliografias consultadas.O que se segue, trata-se de um material deixado pela clientela da Quitanda.O material é extenso, muito rico, verdadeiras pérolas.Utilizei o critéiro em que estivesse presente de alguma forma, um relacionamento das frases com a figura do animal, seja ele, de qualquer espécie, como explicação disponível; movida para compreensão e arranjo de um encadeamento para dizer desta maneira.
O que esá em exposição, é uma pequena amostra do que foi deixado pela freguesia e recolhido pelo quitandeiro em diversas fontes.
"Sapo Barbudo" -
"Mosca-Morta" -
"Camelo" -(bicicleta)
"Cabra-Macho" -
"Tigresa" -
"Gata" -
"A cavalo dado não se olha o pêlo" -
"Vida de pombinhos" -
"Picar a mula" -
"Me fazer de gato e sapato" -
"De volta à vaca fria" -
"Bacalhau" -
"Porco" -
"Peixe" -
"Urubu" -
"Boi na linha" -
"Pagar o mico" -
"Pinto calçudo" -
"Uma mosca caiu na minha sopa". -
"Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha". -
"Tucano" -
"De que adianta sermos gatas. Se amamos os cachorros. E eles só catam galinhas."
"O duro não é carregar o peso do chifre, o duro é sustentar a vaca". -
"Cada macaco no seu galho". -
"Ganhar um elefante branco". -
"É um pé de boi". -
"Vá pentear macacos!" -
"Pagar o pato" -
"A galinha do vizinho é mais gorda". -
"Cabeça-de-bagre" -
"Ovelha" - (cantor)
"Burraldo" -
"Vinho Sangue de Boi". -
"Solte os cachorros!" -
"Acertei na mosca" -
"Mulher Bacalhau: você só come uma vez por ano" -
"Soltando a franga." -
"Capar o gato" -
"Forte como um touro". -
"Comer gato por lebre". -
"Água que passarinho não bebe". -
"Vender o peixe". -
"Galo onde canta, janta". -
"Fica bobo que o jacaré te abraça". -
"Olhos de lince". -
"Lágrimas de crocodilo". -
"Dormir com as galinhas". -
"A doença vem a cavalo e vai embora a pé". -
"O Gato é um leão para o rato." -
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