segunda-feira, maio 30, 2005

Uma Turista Paulista na Bienal do Livro


Paul Gauguin - Pintor Frances:1848/1903 Posted by Hello

Achei o momento oportuno, para se comentar, quando da leitura de uma carta de leitora paulista ao Jornal do Brasil, narrando sua experiência para ir para o RIOCENTRO(Zona Oeste), local onde se realiza a Bienal do Livro do Rio de Janeiro. O lugar é distante, pior ainda, quando se trata de "turista", como é o caso da leitora, que descreve o meio de transporte para se locomover, até ao local do evento, dizendo:"Desinformada, cometi a insanidade de pagar um taxi de ida e volta.Gastei mais com a cooperativa de taxi do que a ponte aérea da Varig.Pior deixei de gastar esse suado dinheirinho ocm a aquisição de bons livros. Como nem tudo na vida é desgraça, na noite em que cheguei à Bienal não havia galã nenhum lendo poesias globais e pude então passear um pouco pelos estandes de algumas editoras para saber dos lançamentos dos meus autores preferidos.O problema é que os balconistas pediam que eu escrevesse o nome do autor num papelzinho, pois desconheciam qualquer nome que não terminasse com "Coelho" ou coisa que o valha.. A situação da missivista, está descrita no caderno B do dia 29 de maio de 2005.
Esta desinformação do balconista(vendedor) de livros, há muito é percebida por pessoas do mercado de livros ou clientes de livraria.O que prevalece é a desinformação como critério para se tornar um vendedor de livros, principalmente em bienais.Estão de passagem. Se o sujeito não tiver nenhum vinculo com a editora por algum tempo, dificilmente, vai identificar de imediato, o autor e título e finalmente a casa publicadora. Nestes eventos, se contrata uma mão-de-obra que dificilmente vai continuar no mercado.Ignoro, se alguém é incorporado aos quadros do expositor.Conheço livreiros que preferencialmente contratam pessoas jovens de boa aparência, seja do sexo feminino ou não.Acho muito bom que haja pessoas interessadas em trabalhar com livros, o importante, é a sua formação. Pode-se usar as modernas tecnologias, mas para se vender livros, precisa acrescentar algo a mais.Formar um livreiro, é necessário mais do que o tempo.Há várias combinações.Não ignoro inciativas da Unesp com a CBL, na formação deste profissional, urge o surgimento de novos valores.
Muitos livreiros preferem que o sujeito realmente mantenha pouca familiaridade com a escrita, alguns livreiros, com verniz mais intelectualizados, preferem contratar o estudante universitário, com pinceladas de conhecimento.Não é de se espantar quando alguém encontre Raízes do Brasil, do historiador Sérgio Buarque de Holanda, na seção de agricultura.Muitos vendedores não se interessam, ignoram ou desconhecem que o contato fisico com o exemplar, é de fundamental importância.Se o profissional do livro não interagir com o catálogo da editora ou as novidades(lançamentos e relançamentos)vai continuar a ignorar o que se pede. Se um "balconista", desconhece a produção editorial, da editora que ele está prestando serviço, imagine, ele em uma livraria. Hoje, há um ótimo recurso, que é a informação através do computador.É importante lembrar que a figura do vendedor, tem de ir além disso.Tem de fotografar o livro em sua memória. Embora, muitos achem que não é importante, a leitura de livros, é uma ferramenta importante para a qualificação e formação do vendedor de livros ou livreiro. Gentileza é outro dado fundamental. Não adianta o livreiro decorar os mais vendidos dos jornais, houve casos, de livreiros e revista de grande circulação, manipularem estas listas dos mais vendidos.Há estratégias de marketing em que o livro rapidinho ganha novas edições. Dou um exemplo, embora, já tive oportunidade de comentar. Se o número de lançamentos for o que eu entendi de um repórter de televisão em anunciar 1000 títulos lançados na bienal. Impossível comercializar em uma praça como a do Rio de Janeiro. Quero lembrar, que determinado autor, por exemplo, um blogueiro que tenha bastante acesso em sua página, isto não será convertido em leitores, caso o autor edite algum livro. O livro tem particularidades surpreeendentes.
Gostei da oportunidade de comentar um pouco do mercado de livros, a leitora que denuncia esta situação, não teve a chance de conhecer livrarias em que o dono ou gerente são incapazes de cumprimentar o cliente, podem lidar com eles diariamente, mas são verdadeiras ostras, se fecham.
A situação que estou envolvido é com a realidade das livrarias do Rio de Janeiro. Efetuar determinadas vendas e em determinads livrarias, é uma relação muito ruim, muitos entendem que a presença de um pracista é um incômodo. Geralmente, são bem recebidos, editoras que estão vendendo muitoooo. As editoras de ponta.

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