quarta-feira, maio 18, 2005
Lembrando de Pedro Nava e os Aplausos para Lygia Fagundes Telles
Henri Matisse - 1869/1954
O quitandeiro aplaude , a premiada escritora brasileira Lygia Fagundes Telles,nascida em 19/4/1923, na cidade de São Paulo, por ganhar o Prêmio Camões de 2005. É um prêmio instituído, desde de 1989, pelo governo de Portugal e do Brasil.O prêmio é concedido anualmente para um autor de Língua Portuguesa.O nosso primeiro autor, a ganhar este prêmio, foi o escritor e poeta João Cabral de Melo Neto premiado em 1990. O primeiro ganhador do prêmio foi o escritor português Miguel Torga,nome literário de Adolfo Correia Rocha, nascido em uma provincia de Trás-os-Montes, em 1907 e falece em Coimbra, no 17 janeiro de 1995. No ano passado,em 2004, foi a portuguesa Agustina Bessa-Luis, nascida em Amarante, no ano de 1922 As mulheres escritoras foram contempladas em número menor, elas foram representadas por: Rachel de Queiróz, nasceu em Fortaleza, em 17/11/1910 e faleceu em 04/11/2003(Camões/1993), Sophia de Mello Breyner Andresen, Nasceu na cidade do Porto, em 06/11/1919 e faleceu em 02/07/2004(Camões/1999)e Maria Velho da Costa - Nasceu em Lisboa, em 1938(Camões/2002)esta autora,ou melhor, co-autora. é uma das três Marias, as outras duas, são: Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno, da famosa obra que questionou o regime fascista que vigorava em Portugal,Novas Cartas Portuguesas, uma obra que manifestava claramente oposição aos valores femininos tradicionais.Foram levadas aos tribunais e as sanções abolidas, após a Revolução dos Cravos de abril de 1974.
Uma outra boa noticia, é o projeto de dois editores, o primeiro conheço de nome, quando foi editor da USP, criou depois, a editora Ateliê. O outro, é um garimpador de preciosidades, conhece muito o oficio de editor.Quando fui seu distribuidor, seu pequeno catálogo, era um tesouro, é um batalhador do livro, um editor para referência obrigatória na trajetória do livro no Brasil.Estou falando, de Claudio Giordano, da Editora Giordano.Os dois com o mesmo "faro editorial", resolveram reeditar a obra de um grande memorialista, que andava sendo esquecido pelo mercado editorial. Sortudo, pode-se dizer para quem achasse um título de suas memórias, Um homem conceituado, de formação médica, tratava do nosso poetinha Vinicius de Moraes. Pedro Nava, obteve boas criticas de escritores como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.Sua obra é muito relevante e de conteúdo memorialistico. Começou com Baú de Ossos, depois vários livros, compondo a fase memorialistica de Pedro Nava,que nasceu em 05/06/1903,na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Sua trágica morte aconteceu, no dia 13 de maio de 1984, no bairro da Glória, desceu após um telefonema e foi para o Jardim da Glória, sentado em um banco, deu um tiro de revólver Taurus em sua têmpora. Nava estava com 80 anos, antes, tinha comentado com sua mulher Nieta, de que "Nunca ouvi nada tão obsceno". Sua morte houve interpretações contraditórias...Sua produção intelectual, está sob os cuidados de seu sobrinho Paulo Penido, que ajuda os editores a produzirem este acervo valioso. Isto é muito importante, para um país, que insiste em apagar ou abandonar, esquecer valiosos patrimonios da cultura brasileira.Este mês, no dia 13, fazem 21 anos da morte do grande escritor memorialista.Parabéns ao pessoal envolvido no cuidado deste acervo.Para os meus dois leitores, indico o site da Ateliê Editorial
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