quinta-feira, junho 16, 2005
Patrícia Galvão : Pagú
René Magritte - Pintor Belga, nascido em 21/11/1898, em Lessines. Falece em Bruxelas em, 15/08/1967. Um dos maiores representantes do movimento surrealista, ao lado dos pintores espanhois: Salvador Dali (1904/1989) e Juan Miró (1893/1983)e do alemão Max Ernest (1891/1976).
Hoje, procurei um livro, que sabia ser muito difícil de encontrar.Fui à rua, com este propósito. Claro! Não encontrei.Parti rumo ao sebo de um amigo. Acordei com vontade de ler Patrícia Galvão,conhecida como Pagú, militante comunista, escritora e jornalista. Eu,estava interessado, através desta autora, um contato com o que se convencionou, classificar como literatura proletária.Patrícia, uma mulher bem atuante, ainda muito jovem, recém saída da Escola Normal; engaja no ano de 1928, entra em contato com o movimento antropofágico de Raul Bopp e foi o escritor, quem lhe deu o apelido de Pagú. Editou, com o seu marido Oswald de Andrade, com quem teve o seu primeiro filho,o cineasta Rudá de Andrade. o jornal,O Homem do Povo, assinava uma coluna "A Mulher do Povo" O livro que eu procurava e acabei não achando, era o romance Parque Industrial, escrito sob pseudônimo de Mara Lobo e que foi publicado no ano de 1933.Houveram algumas reedições deste título. Patrícia Rehder Galvão, nasceu em São Paulo, no ano de 1910 e morre no Brasil, em dezembro de 1962, após uma cirurgia de um câncer feita em Paris. Pagú, teve mais um filho de nome Geraldo Galvão Ferraz,escritor e jornalista, fruto de seu casamento feito com o jornalista Geraldo Galvão, após, sua saída da prisão e do rompimento com o Partido Comunista.Nesta busca por Pagú, encontrei referências de uma exposição de Desenhos de Pagú, organizada no MIS e com a presença dos dois filhos. Fundou com o maridoGeraldo Ferraz e com Mário Pedrosa, o jornal Vanguarda Socialista.Há, um livro editado sobre esta fase de Pagú, em co-edição com o grande batalhador do livro, o nordestino e ex-marinheiro. O potiguar economista José Xavier Cortez,recentemente condecorado com o titulo de cidadão paulistano, o dono da Livraria e da Editora Cortez. No ano de 1980, ele monta sua editora, sucesso desde daquela época.
Lembro que teve forte atuação e prestigio na área de Serviço Social e Educação. Conheci Cortez, desde os tempos em que fora associado ao Moraes - Cortez& Moraes. Houve um período em que mantiveram os dois nomes, a sociedade, que durou 11 anos. Não tenho muita certeza, se a separação foi provocada pelo editor Moraes, ter publicado o livro Mein Kampf(A Minha Luta) de Adolf Hitler. O livro circulou sem selo, nada que pudesse ser identificado.A Editora Moraes,criou um bom catálogo, muita coisa interessante; editaram no inicio dos anos 90, o livro Cem flores para Wilhelm Reich,do autor Roger Dadoun.
Pagú é também em sua homenagem, o Núcleo de Estudos de Gênero, da Unicamp e funciona desde de 1993, editam o Caderno Pagú. Foi também homenageada no cinema com Eternamente Pagú, sob direção de Norma Bengel,lançado em 1988. Há uma composição musical de Rita Lee e Zélia Duncan, cujo título é: Pagú.Um documentário, interpretado pela atriz Edith Siqueira e com narração de Raul Cortez.
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