sexta-feira, julho 15, 2005
O Canto da Sereia
Carybé - Hector Julio Paride Bernabó -"Carnaval", óleo s/tela, 1934 Pintor Nasceu na Argentina em 1911 e viveu na Itália até aos 8 anos. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.Naturalizado brasileiro, Mudou para Salvador e fixou residência na Bahia, nos anos 50. Trabalhou com Júlio Cortasar em 1935/36.Foi convidado por Carlos Lacerda, para trabalhar na Tribuna da Imprensa. Recebeu o apelido de Carybé. Sua obra é compreendida por desenhos, pinturas,ilustrações, esculturas e talhas. Reflete a cultura baiana com a temática das festas populares, o folclóre e cenas do cotidiano baiano. Foi eleito o melhor desenhista na 3ª Bienal de São Paulo, em 1955.Há murais pintados por ele, em diversos países. Foi ilustrador de vários autores, como: Mario de Andrade,Gabriel Garcia Marques, Rubem Braga e Jorge Amado. O homem de muitas cores, trabalha também com a temática afro-brasileira. Apaixonado por Salvador, ganhou de Rubem Braga, um presente, uma carta enviada ao amigo Anisio Teixeira, então secretário de Educação na Bahia,obtendo um emprego para desenhar cenas do cotidiano baiano Declarava que a Bahia, tem tudo de que um pintor procura,"luz, água e mar aberto".Morre do coração em outubro de 1997, em uma sessão de candomblé, na cidade de Salvador.O artista segundo relatos, sofria de insuficiência respiratória crônica.Acho a obra deste múltiplo artista muito rica.Era um personagem típico da Bahia. Editou livros com Pierre Verger, etnólogo e fotógrafo radicado na Bahia, como o livro editado nos anos 80: "Iconografia dos Deuses no Candomblé na Bahia", editado pela Raízes. Produziu os cenários para o filme de Lima Barreto, "Os Cangaceiros", criou a abertura da novela "Gabriela" e atuou como figurante.
Levantei cedo e fui caminhar pelo calçadão de Copa. Meu destino, ir até o final do Leme. Passar pelo Caminho do Pescador e voltar.Aproveitei o tempo e rápido pulei o muro, abri janelas e portas para então estender o varal e deixar secar ao vento, os escritos que trago guardado no meu peito.
Mergulhei em sono profundo
Para ir ao seu encontro
Nadei nas ondas dos sonhos
Que brincavam
E deslizavam durante
As noites de lua cheia.
Encontrei em um canto
Distante
Uma sereia.
Em seu canto,
Um encanto
Que lembrou meu pranto
O mar silencioso
Misterioso
O vento calado
Um barco à deriva
Levava os meus sonhos.
Navegantes
Náufrago, encontrei
Nos rochedos de
Meus segredos
A
Metade mulher
A outra metade
Peixe.
Andei pescando ilusões
Nas redes e tarrafas
Da vida
Ancorados no futuro
Das recordações..
Embarquei em canoas furadas
Atravessei mares algumas vezes
Navegados .
Olhei para as estrelas
Esqueci de mim
Na correnteza
Para lembrar de você
Você
Que
Parece com aquela
Sereia
Que me carregou
Para o fundo do
Mar
Ao ouvir
Que queria
Apenas
Amar.
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