quinta-feira, agosto 04, 2005
Mulher Amada
Heitor dos Prazeres - Nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de setembro de 1898 e faleceu no Rio de Janeiro, em 04 de outubro de 1966. Pintor, Compositor e Poeta .Importante figura na fase inicial do samba. Desde menino andava pela zona do Mangue e na Praça XI. Filho de pai marceneiro e que tocava na Banda de Policia Militar. Heitor desde garoto que começou a trabalhar como lustrador de móveis.Foi preso por vadiagem ao 13 anos, cumprindo pena na Ilha Grande. Freqüentava as rodas de samba e de macumba de Tia Ciata e onde ouvia choros e sambas..Estudou até a quarta série do primário. Chegou a ser expulso dos vários colégios onde estudou, como: Benjamim Constant e colégios de padres.Trabalhou como funcionário público federal. Um dos fundadores da Escola de Samba Vai como Pode, que mais tarde se transformou em Portela. Também da Deixa Falar, em 1928, mais tarde Mangueira .Suas primeiras composições datam de 1912.
Desenvolveu uma rixa com Sinhô por causa da autoria de algumas músicas, ele alegava que o compositor teria se apropriado indevidamente de “Gosto que me enrosco”, cantada por Mário Reis.
Um dos grandes sucessos de Heitor, aconteceu em uma parceria com Noel Rosa, foi Pierrô Apaixonado, em 1936, com arranjo de Pixinguinha. Parte da trilha sonora do filme “Alô, Alô Carnaval. Respondeu com algumas letras, de modo irônico o conflito com Sinhô, como o Rei dos Meus Sambas. Mais tarde foi reconhecida a sua autoria na música. Em uma destas músicas destacava a seguinte frase: “Samba é como passarinho: é de quem pegar”. Andaram fazendo provocações entre si..Começou a pintar em 1937, usando os temas : malandros; mulatas e carnaval. Participou da Primeira Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, ganhando um prêmio em que , dentre os jurados, estavam, o critico de arte Herbert Read. Participou de outras bienais, além das mostras coletivas realizadas em várias cidades do mundo. Heitor dos Prazeres, teve 5 filhos e dois casamentos. Em 1966, ano de seu falecimento, tinha sido selecionado, para representar o Brasil, no Festival de Arte Negra em Dacar. Neste mesmo ano, o cineasta Antônio Carlos Fontoura, produz um curta em sua homenagem, rodado na casa em que morou, nas imediações da Praça XI. Sua primeira exposição individual foi realizada em 1959 na Galeria Gea.Houveram varias exposições póstumas e sendo a mais recente, realizada em 2005, no Espaço Cultural BM&F, em 2005.
Uma bela manhã, temperatura que me agrada em muito. Não gosto muito do calor escaldante e na primeira oportunidade, procuro logo uma sombra e de preferência com água fresca. Abro janelas e portas, para que o ar entre e seja bem-vindo. Aproveito e estico o varal e coloco meu último texto para ficar em exposição. Na galeria, a exposição permanente é do artista nacional, espaço garantido nos salões da Quitanda.
A mulher amada
Desatada de meus sonhos
Foi perdida no tempo e
Encontrada adormecida
Em meu coração
Sonhador .
Amava e caminhava
Na selva de meus delírios
Salientes. Esquivados em
Dançantes festins que
Meu corpo libidinoso
Vestido de pálidas lembranças
Encenava sempre
Após os momentos
De prazeres
Plenos.
A cena
Dos beijos, dos leves e rápidos toques
Em seu púbis angelical
Gemidos abafados
Peles arrepiadas
No emaranhado de lençóis
Remendados
Camuflando nossos desejos
Acesos.
O tempo não mudou o amor,
Que sempre,
De qualquer maneira vale a pena.
Nos abundantes movimentos
De sua bunda,
A felicidade ficou ali
Para sempre.
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