sexta-feira, setembro 23, 2005

De Caniço e Samburá


Aloysio Novis - "Sem Título" (Fonte:Atelier Villa Olívia / RJ - no bairro da Saúde).Há página do artista na web, de onde foram consultadas as fontes para os dados biográficos.O artista nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro.Seu interessante trabalho artistico está espalhado em diversas exposições em nosso país e no exterior.Além de pintor, é gravador e fotógrafo.Seu trabalho também se destaca em diversas publicações, elaborados pelos melhores criticos de arte no país, servindo de referência para estudiosos e apreaciadores de sua singular arte deste também, engenheiro/arquiteto.Há pinturas de Novis, na Galeira do Jornal Rio Arte. Posted by Picasa


Olá! Começo de primavera e dia de chuva aqui pelas bandas do Rio de Janeiro.O que está exposto hoje, é uma versão integral.



Este título também é de um filme estrelado por Jerry Lewis, uma comédia americana dos anos 60. O rádio estava ligado em uma estação que naquele dia tocava uma marcha carnavalesca , que há muito tempo eu não escutava. Lembrei muito bem, quando a bandinha do América, nos bailes de carnaval do clube, animava a turma.Vários grupos de rapazes e moças brincavam nas batalhas de confetes, nos bailes. Pescador, Sim, era esta, de autoria de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, gravada em 1962 . Presente em trilhas musicais da Atlântida , que eu, Alfredo, Marta e Vera, íamos aos cinemas da praça Saenz Peña, que era o grande pretexto para sairmos juntos. Lembro de um dos seus versos: "Maré tá cheia, fico na areia, Porque na areia dá mais peixe que no mar", terminava com: "Todo bom pescador ama o sol, Todo bom pescador pesca em pé, Não precisa pescar de anzol, É só com os olhos, feito, jacaré"
O tempo não ajudava muito, mesmo assim, Mário, saiu com vontade de pescar, marcou com Marta para encontrá-lo na esquina da rua Siqueira Campos com Domingos Ferreira, em frente à padaria, por volta de nove horas da manhã.Quando eu cheguei, Marta estava me aguardando, olhando de imediato para o relógio. Um pequeno atraso e as desculpas feitas em uns beijos. Para pescar,teria de passar no apartamento de um amigo que mora na Santa Clara, para pegar emprestada uma vara.Quer dizer, a vara de um amigo pescador, que estaria disponível no domingo.Não entendo nada de caniço. Que confusão,que andei fazendo com os intrumentos de pesca, para espanto de Marta. Simplesmente um caniço, ou melhor, uma vara surf casting, para pesca de praia...Meu amigo pescador tinha diversas varas, na confusão, pedi para minha amiga, uma antiga namorada, para segurar logo na minha vara, que eu tinha escolhido inicialmente. Ficou espantada! Logo na frente do amigo. No entanto, acabou disfarçando e pegando, acabou entendendo que não era a minha vara e sim a que o meu amigo emprestou.Para não misturar com as outras varas; Marta, acabou deixando a minha vara em pé, encostada na parede, para tomar um cafezinho oferecido pelo dono da vara. Meu amigo Alfredo tinha em casa várias varas para serem usadas nos diversos tipos de pesca.Era um colecionar de varas. Distraída, Marta ao voltar da cozinha, onde deixou a xícara, acabou pegando em outra vara, que não a minha. Sem graça, percebeu que estava segurando a vara do meu amigo. Que muito mais sem graça, apontou para ela, onde estava a minha vara.Mesmo apontando para o lugar da minha vara, Marta acabou achando uma outra. Com duas varas na mão, acabou por confundir qual na verdade seria a minha vara que o amigo emprestou.Teria de perceber pelo tamanho da vara. Qual seria a ideal? Perguntou para o amigo, qual era o tamanho da vara. Ele disse: Marta, pode superar a 4,50m. Curiosa, Marta olhou discretamente para a minha, quer dizer para a vara emprestada do amigo.Entendeu de imediato as diferenças.O tempo mudou e o sol desapareceu.Olhei naquele instante pela janela da sala. Marta confusa, por ver e se confundir com tanta vara, que perguntou para mim, se não era interessante eu ter uma vara própria.Acabei convencido por Marta e devolvi a vara ao meu amigo. Desculpe pelo trabalho amigo, você conhece Marta, quando cisma com uma coisa, não há santo que a faça mudar. A sugestão era para sair em busca de uma vara. Caminhamos pensando qual seria o tamanho ideal para a minha vara.Marta quis examinar com as mãos e olhos as varas expostas. Pegou uma que coube na mão, afinal, também iria segurar na vara. Acontece que teve de atender um telefonema, enquanto, examinava uma enorme vara, parecia ter escolhido aquela, cochichou baixinho em meu ouvido, mas a noticia que recebeu, teria que suspender a escolha da vara e voltar para casa. Teria que transferir a data da pescaria. Mas antes, não deixou de lembrar, que eu teria de ter uma vara, ficava muito chato andar pedindo varas para os amigos, para pescar. Aceitei a opinião de minha antiga namorada, teria de comprar uma. Olhei diversas varas com tamanhos e valores diferentes. Acabei escolhendo uma, de bom tamanho para uma boa pesca, ideal para pescadores iniciantes; que na falta de vara própria teve por um momento, procurar a vara alheia. E para não ficar na mão da próxima vez, acabou usando a própria comprada em uma loja de Copacabana.

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