sábado, setembro 17, 2005
O Amor de Nádia.
Manoel Santiago - "O Curupira" - Lenda Amazônica, Óleo s/tela, 1926. (Fonte:Bolsa de Arte) - Nasceu em Manaus, Amazonas em 1897 e morreu no Rio de Janeiro, em 1987.Pintor. Inicia seus desenhos em 1903, ao mudar-se com a familia para o Belém(PA). Viaja para o Rio de Janeiro e matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes e assiste aulas com Eliseu Visconti.Considerado um dos maiores pintores amazonenses. Foramdo em Direito.Em 1923, cria o Salão Primavera.Ganhou diversas medalhas, dentre elas, no ano de 1965, ao receber na Exposição do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro.Segundo dados biográficos, é considerado um artista figurativo e impressionista.
Depois de algumas horas aprendendo a digitar com o meu neto, aproveitei, que me deu um descanso.O garoto foi nocauteado pelo sono. Percebi que era a oportunidade que precisava para expor o texto no varal.Peço desculpas para os queridos amigos leitores e blogueiros, ainda, não decidi fazer comentários ao que se comenta neste espaço.Preciso ainda de um tempo, para organizar o meu tempo.Quero deixar registrado que visitas aos respectivos blogs, eu sempre procuro manter e que passou a fazer parte de minha rotina. Gosto de comentar os inteligentes posts que tenho lido, que se traduz pelo enorme prazer da leitura que faço.
Nádia acordou um pouco mais tarde, afinal, hoje, era sábado. Estava habituada a acordar cedo, durante a semana; preparar o café, comprar os pães e pegar o jornal, deixado na portaria. Eduardo sempre acordava mais tarde, ficava na cama por mais algumas horas..Ao levantar como de costume, chamava por Nádia. Neste dia, não recebeu a resposta de sua mulher, foi até a sala e encontrou Nádia, sentada em um sofá, próximo a televisão, pensativa. Eduardo perguntou se não tinha ouvido, chamar por ela, balançou a cabeça confirmando e esboçou um leve sorriso, a seguir, um beijo em seu rosto.
- Eduardo, perguntou o que estava acontecendo, pois , notava que ultimamente, andava calada, mesmo assim, ela custou a responder e em poucas palavras, disse apenas: Nada!
Olhou silenciosa para ele, reparando na barba e nos cabelos grisalhos. Na pele morena bronzeada da praia.Olhou mais uma vez para ele e para o presente que ganhara, trouxera o que ela tinha pedido, um vestido de chita, que tinha desembrulhado e não tinha guardado.
Calada olhava para o apartamento, um bonito apartamento na Raul Pompéia, em Copacabana. Foi todo decorado, segundo sua vontade, o que aliás, Eduardo, procurava fazer todas, sem hesitar. Adorava aquela mulher, era muito apaixonado.Eram presentes e os agrados.Delicadezas sempre, ternura, segurança, nutria um carinho todo especial..O pensamento e o silencio foram interrompidos pelo do sinal do telefone. Era a sua amiga.
Cláudia amiga de Nádia, não entendia a sua amiga. – Você está louca? O que você anda pensando? Você amiga, ganhou na loteria e não sabe.Um marido desses? Nem acendendo diversas velas para Santo Antonio.Nunca ouvi você reclamar dele em assuntos de sexo, você espalhava, lembro, que em matéria de potência o homem era o máximo, você sempre salientava, com o seu riso sapeca - Nádia, apenas ouvia a sua amiga de infância.- Espera minha amiga, vou lhe confessar, estou certa que a minha felicidade foi-se embora. – Preciso desligar, volto a falar com você, em outra oportunidade, beijos.
Eduardo em outro aposento estava lendo documentos do escritório, teria de apresentar um relatório na segunda-feira, não poderia acompanhar Nádia, que ao abrir à porta, disse que iria à praia. Levantou e deu um beijo na mulher. Perguntou se precisava de alguma coisa, se estava tudo bem. Nádia respondeu que sim.
Nádia, fechou a porta ao contrário do que smepre fazia, desceu pelo elevador. Ao passar pela portaria, cumprimentou Paulo Roberto, o porteiro-chefe, que vivia lendo a bíblia; entretido, não respondeu o cumprimento. Nádia esperou o sinal abrir da rua Joaquim Nabuco, atravessou e seguiu em direção à Ipanema. No calçadão encontrou um banco vazio perto do posto 8; sentou-se e calada ficou admirando as ondas do mar,os surfistas e banhistas. Ficou por algum tempo, sem nenhuma companhia, até que chegou um rapaz bem jovem, sentou-se ao seu lado.Era um jovem atleta, foi o que mais tarde confidenciou ao telefone para Cláudia, revelando que após alguns papos, o rapaz a convidou para ir ao Arpoador, caminhando.Muito papo e mais ainda risadas.
Próximo ao colégio, estava estacionado a sua moto.Um lindo sorriso ficou estampado no rosto de Nádia. Nunca tinha andado de moto por medo. insegurança, tudo isto foi superado naquele instante.Pensou que foi o resultado do amadurecimento de suas idéias que curtia quase que calada. O sol brilhava, uma linda borboleta de asas de vivas cores, passou sobrevoando a sua volta. Nádia parecia ao subir na moto, ganhar asa. Imaginava um vôo para a liberdade que estava, apenas começando. Naquele dia, não tinha voltado para casa e nem no dia seguinte.O telefone estava tocando... Eduardo abatido e preocupado, custou atender e quando atendeu, ouviu de Nádia, precisamos conversar e muito...desligando em seguida.
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