sexta-feira, setembro 09, 2005

Madame C. Orelhuda


Anita Malfatti - "A Boba" Nasceu em São Paulo, em 1889. Filha de mãe america e professora de pintura.O pai era italiano. Estudou gravura , desenho, pintura, incentivada pela família, freqüentou quando foi para à Alemanha em 1910, a Academia Real de Berlim.Passou por uma curta temporada em Dresden. Em 1914, volta ao Brasil e faz sua primeira exposiçãoo individual.Viajou para Nova York estudar, na Independent Scholl of Art.Estabeleceu contato com artistas e intelectuais. Passou por uma fase expressionista e cubista.Foi uma fase bem marcante em sua obra.Convidada, participa da Semana de Arte Moderna de 22, em seguida, muda-se para Paris.Na década de 30, passa a atuar como docente. Engaja-se em movimentos de classe dos artistas plásticos, ajuda a fundar a SPAM(Sociedade Pró-Arte Moderna)e assume a presidência do Sindicato dos Artistas Plásticos. Considerada como uma das precursoras do modernismo das artes plásticas em nosso país. Teve Monteiro Lobato, como um ferrenho critico de sua obra.Após a morte de sua mãe, retira-se para uma chácara em Diadema.Faleceu em São Paulo, em novembro de 1964.Anita,é sempre uma artista lembrada.Há sempre homenagens, inclusive com o seu nome em uma sala na Bienal de São Paulo. Posted by Picasa

Deixo este texto, que faz parte do que venho escrevendo algum tempo.O que está exposto, trata-se apenas de um trecho de um dos capítulos.Hoje acredito que poderei acelerar a digitação, pois, terei aulas com o meu neto.Desconfio que estas aulas, servem mais para o professor do que propriamente ao aluno.


O que se comentava em Mundo da Lua, era que Madame C. Orelhuda, começou formando parceria com o Mago Tão Magro (que se passava por ela, quando Madame C., não tinha tempo para escrever sua brilhante coluna).Na verdade Madame C, ganhou fama e deitou na cama. Vidente famosa, estudiosa e participante em diversos congressos de astrologia animal. Articulista do cor-de-rosa Diário Bem-Te-Vi,Madame C, é muito considerada, de enorme prestigio e com o maior número de leitores do jornal. Em cada dez compradores do jornal - oito, eram fiéis leitores. Madame C, era muito solicitada para reprodução de sua coluna , tanto em rádios, como em revistas e pasquins.
O sucesso era tanto, que abriu um consultório, quer dizer, uma tenda, quatro ruas, depois, do sitio Luar de Prata, para trabalhar, inicialmente, com terapias alternativas para animais,não fazia restrições, caso algum humano insistisse, ela atenderia com o maior prazer e profissionalismo.Dava o maior apoio, a todos que precisassem.E quem não precisa? indagava sempre para qualquer interlocutor. Trouxe também vários frascos de florais, com o intuito de experimentar em animais deprimidos, carentes e neuróticos. Veio disposta a derrubar os velhos preconceitos animalescos que ainda vigoravam no meio da bicharada, de seres e humanos que habitavam aquele aprazível lugar. Era também uma conselheira sentimental, havia soluções para todos.Só não conseguia desvendar algumas coisas que aconteciam no interior do sitio.Neste exato momento,era ouvido por grande parte da população, uma sonora e estridente gargalhada.
Madame C, é dona de uma enorme e complexa bagagem intelectual. Oferece consultas em I Ching. Desde que, voltou de viagem à China, vem praticando também o Taoísmo. Tarô cigano e egípcio. também é oferecido. Tem um projeto de disponibilizar cursos de Astrologia Védica. Consulta de cartomancia aos domingos e feriados. Sessões de macumba, com a Pomba Gira, sua parceira no convênio, que acabara de firmar. Promove intermináveis sessões espíritas. Leitora e vendedora dos livros de Yogananda, principalmente, o primeiro que comprou no Brasil, no inicio dos anos 80, em uma livraria na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. O badalado livro “Autobiografia de um Iogue”. Nos minutos ociosos do dia, faz numerologia.
Tem um parceiro que está para chegar, houve um atraso, por ser tremendo Pai Coruja, acabou perdendo a passagem..Enviou um e-mail e avisa que chega a qualquer momento. È um especialista em Xamanismo, foi ouvinte das palestras do antropólogo nascido no Brasil, Carlos Castaneda - ficava encantado com as histórias de Don Juan Matus.
Todas vieram em caravana lotada do interior, comandadas por Jota Curucutu, sempre com o ar de autoridade de plantão, corujando dia e noite, acompanhado por Corujão Mateiro, pesquisador de prestigio, sempre segurando pelas asas, as duas inseparáveis malas pretas, vinha um pouco atrás em confabulação com as duas elegantes e atentas secretárias.Sentadas em um canto, de pernas cruzadas, duas gralhas de bico vermelho, uma delas vestida de casaco de pele de marmota, é especialista em culinária mineira, baiana e portuguesa, com vasta passagem pelo sudoeste Alentejano, em Portugal. Uma outra vestida em trajes de acrobata, pertenceu ao Grande Circo Mundial Lunar, que entrou em concordata.Em uma caravana alegre, políticos de Mundo da Lua, estavam voltando de prolongadas férias para ocuparem de modo privilegiado o seu antigo espaço.São os melhores circenses do momento...São hilários e com altos salários.
Uma terceira, a Gralha Azul, servindo de companhia as outras duas. Vestia uma camiseta azul reluzente, deixando à mostra uma pelugem preta, que cobria, a cabeça e o peito, vinda dos pinhais do Paraná, com uma enorme bolsa preta a tiracolos, cheia de pinhões e quinquilharias, para serem vendidos no calçadão, ocupado por outros animais e humanos.

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