sexta-feira, setembro 16, 2005

O Visitante


Walter Lewy -" Paisagem", 1969 (Fonte:MAP) Nasceu em Bad Oldesloe, Alemanha em 1905 e faleceu em São Paulo, no ano de 1995. Pintor, Gravador, Paisagista, Ilustrador e Desenhista Publicitário.Sua primeira exposição individual foi feita em 1932, mas é proibido como judeu a participar da vida artistica.Perseguido viaja para o Brasil, em 1938.Deixa para trás os vários trabalhos artisticos feitos em sua terra, mais tarde, foram enviados para a Holanda.No Brasil, faz amizade e expões no ateliê de Clóvis Graciano, em 1944.Faz diversas exposições no Brasil.Faz ilustração de livros para várias editoras.  Posted by Picasa

Na quarta-feira tive aula extra de digitação.Meu neto é um professor cônscio de suas responsabilidades, assim que chega, aponta para o computador.Começa de imediato aplicar os métodos mais revolucionários de digitação aleatória.Em seguida, olha para este pupilo, para que inicie os movimentos do mesmo jeito dele.É muito engraçado, parece rir da minha inabilidade com os teclados.Diverte-se ensinando, eu como aprendiz, acompanho.Creio, que ele, não está muito certo do meu aproveitamento, tanto que hoje, fará um refôrço extra, para mais tarde, depois de sua avaliação (consulta) médica mensal. Ficarei aguardando, pois, não tem dinheiro que pague por estas aulas.É o misterioso entendimento entre avô e neto.Estou expondo parte de um trecho de alguns escritos que venho desenvolvendo, fruto do nascimento de meu neto, o maior inspirador das várias fases que experimento.

Mariana, distraída olhava para o teto e nem, percebeu a teia de aranha que se formava perto da luminária . Uma enorme caixa que estava atrapalhando a passagem, foi, arrastada para um canto.Eram as coisas que trouxe da mudança, dentre elas uma boneca que ganhou de presente de seu primeiro namorado, que não foram retiradas e colocadas no armário. Agenda colorida que estava em uma sacola,tirou e colocou em sua bolsa amarela. Aquela bolsa, que cabia tudo, entre outras coisas, livros de Lygia Bojunga, Pedro Bandeira e Ruth Rocha , mais alguns segredos e pensamentos.
Tirou um pote de vidro azul da cor do céu, da segunda prateleira, que foi colocado com todo cuidado, assim que entrou ontem em seu quarto.E com o todo cuidado, segurou o pote. Assoprou uma poeira, que estava sobre a tampa azul da cor de anil, girou a tampa para abrir e nada...tentou uma, duas e na terceira tentativa, conseguiu abrir a tampa. Havia ali um pó mágico, que ela ganhara da Emilia e de Narizinho, na última visita que tinha feito ao Sitio do Picapau Amarelo, junto com os colegas e o namorado. Olhou e colocou no lugar. Não era bem aquilo que procurava...
Na prateleira, bem no cantinho, um pouco distante do pote de vidro azul da cor do céu, encontrou o que ela queria apanhar. Era uma lista de papel verde, e uma outra de cor amarela. Ali, constavam os nomes das pessoas que seriam convidadas a participar de um encontro, que estava pensando em fazer. Tinha imaginado e trocado idéias com Celeste por telefone. Galileu, o seu computador, não havia sido instalado, teria de aguardar mais um pouco, para enviar os e-mails e as conversas on-line. Dois besouros, nauqele momento, passaram voando perto dela, apenas um susto! Da janela de seu quarto dava para ver, bem à esquerda ao entrar, o imenso jardim com diversas árvores e flores, poderia ser o local; melhor do que aquele, só havia um, muito próximo dali.Um imenso espaço que parecia estar desocupado.Pensou e ligou para falar de novo com Celeste e em seguida ligou para Silvia, dizendo da idéia de um outro local, que poderia ser realizado o encontro.Celeste não gostou da idéia. Silvia muito menos.Mariana ficou sem compreender, a negativa das amigas. A impressão que teve, era que as duas ficaram com medo.
Bastiana tinha vindo da rua, foi fazer compras na vendinha, assim que encontrou Mariana, falou do boato que corria em Mundo da Lua. Estava sendo aguardado para logo mais, a chegada, em caravana de Boris Floresta Negra. Mais detalhes sobre o visitante, ela não soube dar para Mariana. Silvia, chama por Mariana, no portão e em seguida, ela desce para falar com a amiga. Mariana dá alguns passos em direção da amiga, quando é interrompida por um barulho, vindo do lado direito da rua.
Era um homem, puxando um cavalo, um outro mais baixo, dentro de uma carroça, carregada de meia dúzia de caixas de papelão.Parecia, à distância, ser uma carga pesada, tal a dificuldade que tiveram em colocar na calçada.O mais baixo, parado diante das caixas, não parou a partir daquele momento de olhar para o interior do sitio.Uma janela aberta do lado esquerdo,na parte superior, acabara de ser fechada.

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